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Rod Silva, filho de imigrantes brasileiros e fundador da Muscle Maker Grill, é candidato à presidência dos Estados Unidos.

Rede tem o Brasil como possível destino de expansão

Neste segundo semestre, os olhos do mundo estarão voltados para Hillary Clinton e Donald Trump, pleiteantes à presidência dos Estados Unidos. Os candidatos, no entanto, são apenas dois dos mais de 1,5 mil inscritos para ocupar a cadeira mais importante da América, de acordo com a Comissão Eleitoral Federal norte-­americana.

Embora as chances de qualquer um dos outros nomes chegarem à Casa Branca sejam bem pequenas, eles estão a postos e têm um programa de governo para suceder a Barack Obama.

Um deles é notório por três motivos: filho de imigrantes brasileiros, almeja levar o sobrenome Silva à presidência dos Estados Unidos e é franqueador da rede Muscle Maker Grill. Rod Silva é candidato pelo Partido da Nutrição e levanta a bandeira da saudabilidade no país do fast food.

A rede de comida saudável foi aberta em 1995 com a proposta de ser opção de casual dinner, com novas – e leves – versões dos pratos mainstream. “Eu coloquei todo o futuro financeiro da minha família na missão de fazer o meu sonho americano uma realidade. Hoje, tenho orgulho de dizer que, por ser inteligente, e fazer as coisas da maneira certa, temos crescido a quase 60 lojas, operando em onze estados e em constante expansão”, afirma Silva, em seu programa de governo.

O franqueador e candidato à presidência dos Estados Unidos concedeu uma entrevista à ­Revista Franquia & Negócios ABF sobre seu plano de governo, e como sua atuação em uma rede franqueadora poderia contribuir em um eventual governo. Confira a seguir.

Como você começou a fazer negócios nos EUA? Encontrou desafios por ser filho de imigrantes brasileiros?
Eu me graduei na faculdade e quis viver o sonho americano, então decidi me tornar um empreendedor e criar meu próprio negócio. Todo mundo que segue seu próprio caminho enfrenta obstáculos, mas é a maneira como você os supera que importa.

Como surgiu a ideia do Muscle Maker Grill?
Aos 22 anos eu pensei em criar um simpático restaurante que oferecesse boa comida, com a saudabilidade em mente. O conceito tornou-se tão popular e tantas pessoas queriam fazer parte do movimento, que o franchising parecia ser o próximo passo.

Qual o panorama atual da rede?
O público-alvo está em sua jornada para uma vida saudável – desde os entusiastas do fitness até quem está começando, para os convidados seguintes, uma dieta ou vegan sem glúten free-carb. Enquanto a maioria dos restaurantes são em lojas, existem alguns locais em espaços não tradicionais como bases e universidades militares, que estão sendo ampliados.

Vocês têm unidades em outros países, ou planos para isso?
Ainda não, mas é nossa prioridade principal para 2016.

Quais são os planos de expansão para esse ano? O Brasil está no radar?
Atualmente estamos expandindo nacionalmente, com lojas próprias e franqueadas. Nós temos diversos grandes mercados internacionais como alvo e o Brasil faz parte da lista.

Como está o mercado para comida saudável no franchising norte-­americano?
Restaurantes de alimentação saudável estão em alta demanda, não só nos EUA, mas em todo o mundo. As pessoas estão mais conscientes de sua saúde do que nunca.

Agora, vamos falar da candidatura. Por que você quer ser presidente dos Estados Unidos? Sempre foi interessado por política?
Crescendo como filho de imigrantes, a política sempre foi um tema de discussão, uma vez que sempre nos afetou. Decidi concorrer à presidência dos EUA porque não há candidatos que estão falando sobre a saúde do povo americano, que é uma grande preocupação.

Como vinte anos de experiência como franqueador podem ajudá-lo em um eventual governo?
Tendo fundado a Muscle Maker Grill, eu tenho vinte anos de liderança, gestão, pensamento crítico, tomada de decisão, habilidades e gestão de crises juntamente com a capacidade de trabalhar com entidades governamentais locais e estaduais.

Quais as outras bandeiras da sua campanha e a importância delas para os EUA?
A questão número um, que engaja os americanos, é a sua saúde, o que afeta a saúde da economia do nosso país e como nós funcionamos como um todo.

Qual sua visão econômica? Mudar ou manter as ações da administração atual?
Uma das minhas metas é diminuir o papel do governo na vida das pessoas. O governo deve ser o árbitro do setor público, como uma verdadeira democracia. O setor privado é condutor do crescimento e não controlado pelo governo.

Qual sua visão sobre temas polêmicos, como porte de armas?
Uma grande preocupação nos EUA agora é o controle do porte de armas. Eu acredito na constituição e no direito de portar armas, mas com isso vem a responsabilidade. Nós precisamos ter regulações que garantam acesso apenas às pessoas certas. Em relação à igualdade de direitos, acredito que deva ser votado pelo povo, de estado em estado, não de forma federal. Como filho de imigrantes, acredito que nós precisamos e devemos proteger nossas fronteiras, mas temos que trabalhar para encontrar soluções onde as pessoas que entrem ilegalmente possam trabalhar e pagar impostos. Ao mesmo tempo, precisamos reformar nossas leis de imigração de modo que todos, em qualquer lugar, tenham a oportunidade de entrar em nosso grande país com ­segurança.

 

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