Pulo do Empreendedor

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Siga o cheiro

Em uma viagem a Orlando, na Flórida, em meados dos anos 90, Adriana Auriemo foi atraída por um aroma que não sairia mais de sua vida. Em 1996, a sócia-diretora trouxe na mala a essência que promoveria um dos cases mais significativos de marketing sensorial do franchising brasileiro.

Quase vinte anos depois, os 109 quiosques espalhados em todas as regiões brasileiras almejam proporcionar a mesma sensação que Adriana teve em Orlando. Ou melhor, quase todos. “Isso sempre foi um atrativo em termos de venda, mas dificultou nossas negociações em alguns shopping centers. Desenvolvemos uma nova receita que não sai o cheirinho, para estes lugares”, explica.

Essa não foi a primeira adaptação que a Nutty Bavarian brasileira precisou fazer para se adequar ao mercado local e continuar expandindo. Assim que chegou ao País, o sistema de distribuição precisou ser modificado. O franqueado recebia grandes caixas com os ingredientes para a produção dos alimentos, mas logo foi percebido que armazenar já na quantidade certa reduzia o desperdício e a perda de insumos. A prática logo foi copiada pela matriz, nos Estados Unidos.

Adriana comenta que uma inspiração alemã também faz parte do modelo de negócios, no Brasil. Enquanto nos Estados Unidos os cones vão fechados e separados por sabores, na Alemanha as lojas são similares a sorveterias, onde o cliente pode escolher os grãos que quer. “Trabalhamos com três tamanhos de cones, o cliente não precisa comprar um sabor de grão fechado, pode customizar”.

Grãos genuinamente brasileiros foram acoplados às receitas, como castanha de caju. Além disso, as embalagens nacionais são menores, porque os brasileiros comem doces em menor quantidade que os americanos. “Mudamos um pouco a fórmula, aqui é menos doce que nos Estados Unidos”.

Varejo
Os grãos artesanais da Nutty Bavarian são vendidos nos quiosques da marca, e em mais de 400 pontos, como cafeterias e empórios. Desde 2014, os usuários da rede Cinemark também podem adquirir o produto. “É uma estratégia que ajuda a divulgar para mais pessoas”.

Para atender a todas as regiões e assegurar a saúde financeira dos franqueados, a marca optou por trabalhar com duas tabelas de preço. De acordo com Adriana, a variação permite que os franqueados que arquem com despesas mais caras, de acordo com o perfil do ponto e não somente pela localidade, cubram os valores. É possível que dois shoppings, na mesma cidade, pratiquem tabelas diferentes, por exemplo.

Reconhecimento

Como estratégia para se manter presente no inconsciente do consumidor, a Nutty Bavarian trabalha com quiosques temporários em eventos, shows e convenções. O modelo pode ser adquirido por um franqueado, que trabalha apenas com eventos. “Os que já têm outros pontos da Nutty Bavarian, e que sejam reconhecidos pelo desempenho com boas notas na franqueadora, podem usar uma estrutura que emprestamos para eventos”, afirma Adriana.

Franqueados com bom desempenho recebem ainda outros benefícios da marca. Quando surgem novos pontos, o empreendedor tem liberdade para testar por três meses. Se gostar e tiver bom retorno, pode ficar com o ponto, caso contrário, é só devolver, sem nenhum ônus. Durante esse período, o franqueado arca com as despesas de aluguel e royalties normalmente, mas sem o compromisso de aquisição da franquia.

Novos modelos
Mesmo com expectativa de mais 30 quiosques para 2015, a planilha de novidades da Nutty Bavarian contempla novos modelos para sair às ruas. Já no primeiro semestre, a marca pretende colocar em operação o food truck, e pouco depois o vending machine. O primeiro modelo será utilizado, a princípio, em open malls (shoppings ao ar livre). “Como qualquer modelo novo, vamos testar antes, e depois disso faremos todos os ajustes para franquear”, adianta a executiva.

As primeiras lojas da Nutty Bavarian também devem ser inauguradas em 2015, nos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e Viracopos, na região de Campinas, ambos em São Paulo.

 

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