Arquitetura, som, cheiro, comunicação, serviços e tudo que há na loja compõe o conceito de design. Entidades reforçam a importância da ferramenta como estratégia de negócios
O design deixou de ser considerado artigo secundário em uma rede varejista há muito tempo, principalmente pelo consumidor. A linha tênue que separa uma compra pela loja virtual e a física vai além do preço, passa pelo design e se completa na experiência. Design é arquitetura, mas não somente isso. “Qualquer loja enquanto está no papel deve ser planejada para provocar a maior interação possível com os produtos. Para isso serão considerados os elementos de arquitetura, de comunicação, de entretenimento, de atendimento, de relacionamento e ainda possibilitar o relacionamento pós-venda”, explica o presidente do Retail Design Institute (RDI), George Homer.
O design consiste na combinação equilibrada de elementos implantados no ponto de venda que permitem produtos, serviços e operação atingirem o maior potencial na experiência de compra. “Atualmente tem muita tecnologia da informação, muito racionamento, muita informação do lado da concepção. Elas andam juntas. Não vai ter loja orgânica se não souber o que o consumidor quer”, explica o diretor de marketing da ABF, Carlos Zilli.
De acordo com Homer, ao abrir as portas para o consumidor, a loja se torna um ser vivo, em constante transformação. Por isso não pode ficar estagnada. Cada detalhe precisa ser ajustado no decorrer do tempo, de acordo com a evolução do comportamento de consumo. “Os elementos mais complicados para administrar são aqueles responsáveis para materializar os valores intangíveis da sua marca, tais como som, aroma, atitude, personalidade etc”, afirma.
Desafios
Esses são, inclusive, os maiores desafios da concepção de design. A forma como a loja se comunica deve traduzir os valores da marca. “Apaixonar-se por uma marca oferece mais longevidade a ela e permite a construção de um negócio com crescimento constante”, explica o presidente do RDI.
A resposta para qual caminho seguir na construção do design arquitetônico e conceitual é olhar para o que a marca prega em seus valores. “Paralelo a tudo isso nós temos como consciência que as pessoas não querem mais os exageros, procuram vida espartana, consomem menos. Vale para o varejo e toda a cadeia trabalhar conceitos mais modulares, agredir menos a natureza”, observa Zilli.
Reconhecimento
Para incentivar o uso do design como ferramenta estratégica de negócios, a ABF e o RDI se uniram para ampliar o Prêmio ABF RDI de Design, que chegou à sexta edição em 2015. A premiação agora reconhece os cases em seis categorias principais, que vão de arquitetura à embalagem, e eternizará os esforços da rede e de seus criadores em um livro a ser lançado em dezembro.
A sexta edição contou com 75 marcas e 150 projetos inscritos. Os vencedores foram revelados durante a 15º Convenção ABF do Franchising, em outubro, na Ilha de Comandatuba, em Una (BA). “Essa nova fase já nasce grande e com prestígio. O prêmio é uma ferramenta poderosa na construção de marca. O design tem poder”, afirmou Zilli, na ocasião.
Os critérios utilizados para a escolha dos vencedores foram: contribuição para elevar a experiência de compra dos consumidores, conquista de mercado, melhoria de desempenho da rede, além da contribuição para o reconhecimento do design como ferramenta estratégica de negócio.
A seguir, conheça os cases das marcas que levaram o ouro nas nove categorias da premiação: Projeto Arquitetônico- Loja, Projeto Arquitetônico – Quiosque, VM – Vitrine, VM – Promoção, VM – PDV, Produto, Embalagem, Brand Design e Design Consciente.
Conheça todos os vencedores do 6º Prêmio ABF RDI de Design
CATEGORIA | MARCAS VENCEDORAS | AUTORES |
---|---|---|
Projeto Arquitetônico- Loja |
1º Portobello Shop | Marchetti Bonetti – Giovani Bonetti |
2º Havaianas | Global Guide – Thais Rosa, da Gensler | |
3º Bob’s | Be.Bo – Bel Lobo e Bob Nery | |
Projeto Arquitetônico – Quiosque | 1º L’Occitane au Brésill | Marcelo Rosembaum |
2º Bob’s | Be.Bo – Bel Lobo e Bob Nery | |
3º Spa das Sobrancelhas | Alan Shindi Madokoro | |
VM – Vitrine | 1º Imaginarium | Marcos Horn |
2º Swarovski | Manoela Arvelos | |
3º Balonè | Gas Multiagência | |
VM – Promoção | 1º Lavasecco | Agência Virtuose – Fernando Lobo |
2º Fom | Carolina Aleixo e Diego Penido | |
3º Tip Top e Casa do Construtor | Tip Top e Casa do Construtor | |
VM – PDV | 1º Addin | Agência Índice Design – Jonatas Poltronieri |
2º Casa do Construtor | EA+Studio – Fernando Feldmann Barros | |
3º 5 à Sec | FCK! -Gustavo Martins | |
Produto | 1º iGUi | Filipe Sisson |
2º Cacau Show | Rafael Altavista Junior | |
3º Tip Top | Stephanie Russi | |
Embalagem | 1º Tip Top | Stephanie Russi |
2º Josefina Rosa Cor | Agência Petit Pois – Mariana Cersosimo | |
3º Vivenda do Camarão e Qoy Chocolate |
I.C.E Propaganda – Cassiano Whitaker Barreto (Vivenda do Camarão) e Joana Hamers (Qoy Chocolate) | |
Brand Design | 1º Bob’s | Agência Tátil Design de Ideias |
2º CI | Ana Couto Branding – Filipe Ozelin | |
3º Addin | Sonne Branding – Maximiliano Bavaresco | |
Design Consciente | 1 º iGUi e Puket | Filipe Sisson (iGUi) e Octavio Stevaux (Puket) |
2º Pocket Beauty | Juliana de Oliveira Jab e Diosenei Born | |
3º Lavasecco | Carlos Tijen |
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