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Sinais de recuperação no horizonte geram otimismo

Sinais de recuperação no horizonte geram otimismo
Indicadores e novas perspectivas dão sinais de que o Brasil vai melhorar

Por: Cristina Franco*

Começam a ficar mais evidentes indicadores consistentes de que a economia brasileira dá seus primeiros passos para retomar uma trajetória de crescimento. Os sinais são muitos e de fontes variadas: redução da expectativa de recuo do PIB em 2016 de 3,8% para 3,3% pelo FMI; o risco Brasil caiu abaixo da linha de 290 pontos (anteriormente chegou a atingir 540 pontos); a projeção governamental de crescimento do PIB em 2017 já está se aproximando de 1,5%; e a produção industrial cresceu 2,1% em junho. Já o BTG Pactual divulgou um estudo indicando que fundos globais podem investir no Brasil nos próximos meses até US$ 35 bilhões.

Mesmo em um período tão duro, o otimismo do País começa lentamente a se recuperar: segundo pesquisa Datafolha, 38% dos brasileiros acreditam que a economia vai melhorar e o Brasil subiu três posições no ranking da consultoria Grant Thornton, que mede o nível de otimismo das nações. Soma-se a isso o comportamento do dólar, que estabilizou na casa dos R$ 3,20, e uma taxa de desemprego que ainda preocupa, mas com perspectiva de redução nos próximos meses. Com isso, esperamos que a confiança do consumidor também comece a melhorar.

Além das boas notícias, creio que esses dados indiquem também que o ajuste privado foi realizado e que os agentes econômicos mostram mais disposição em investir e consumir.
Já na esfera política, mas com reflexos diretos na economia, a operação Lava Jato tem repercussão positiva não só interna como externamente. Este fato mostra ao mundo que o Brasil está combatendo seriamente a corrupção e que possui instituições democráticas consolidadas. Esperemos que a operação inspire toda uma nova geração de políticos e gestores públicos a uma administração mais responsável, transparente e eficiente dos recursos públicos, o que, certamente, é uma conquista.

A busca pelo controle fiscal, com a definição do teto dos gastos públicos – proposta já encaminhada ao Congresso Federal para votação – e os esforços para fazer com que a inflação volte ao centro da meta de 4,5% ao ano em 2017, são exemplos de que o governo interino está agindo para que o Brasil retome o caminho do desenvolvimento.

O primeiro semestre deste ano para o empresariado brasileiro foi bastante desafiador. Nas redes de franquias, por exemplo, houve intensificação das estratégias de promoção, do lançamento de novos produtos e serviços a preços mais acessíveis, da renegociação com fornecedores, do controle de estoques, dentre outras medidas para se manter as operações com ganhos de eficiência e produtividade.

Para o franchising brasileiro, o segundo semestre do ano é tradicionalmente melhor que o primeiro, muito em linha com o que acontece com o varejo em geral. Devolvida a confiança aos investidores e aos consumidores, acreditamos que o setor possa apresentar resultados mais positivos do que os registrados nos últimos anos e no primeiro semestre de 2016, em que o franchising cresceu cerca de 8%. Ressalte-se que o setor segue investindo, abrindo novas unidades (a taxa de expansão no segundo trimestre atingiu 3,6%) e lançando novas marcas e modelos, estando, portanto, preparado para quando a economia retomar o rumo do crescimento. Apenas no primeiro semestre, o mercado de franchising criou cerca de 40 mil novos postos de trabalho.

Observando o cenário que se desenha para os próximos meses, há perspectivas positivas que nos animam a investir, reativar projetos eventualmente adiados, sempre acreditando que cada um de nós, fazendo a parte que nos cabe, constrói um Brasil melhor, mais digno, ético e justo para todos. O pessimismo não paralisou o franchising! Seguimos acreditando em nosso país e lutando a cada dia para conquistar nossos resultados.

*Presidente da ABF