O segundo dia da 8ª edição do Simpósio Jurídico e de Gestão Empresarial da ABF foi marcado por um ciclo de debates e painéis com temas relevantes para o dia a dia e gestão de questões jurídicas dentro do sistema de franchising.
Dr. Luiz Henrique do Amaral, da Dannemann Siemsen e também diretor jurídico da ABF, iniciou as atividades do dia comandando a primeira palestra, sob o tema “Update Jurídico – Novidades e atualização na área jurídica de franquias”. O diretor pontuou questões trabalhistas e de repasse de unidades em shopping centers, além também de explanar a respeito das últimas ações jurídicas e éticas conduzidas pela ABF na busca de resoluções favoráveis ao segmento. Luiz citou, por exemplo, o projeto de Lei do deputado federal Mourão, que retoma propostas que estão alinhadas, em principio, com toda a filosofia jurídica que a Associação defende; cargas tributárias aplicadas às atividades e serviços do setor e, ainda, sobre uma possível proposta de criação de um comitê amicus curiae (“amigo do juiz, em latim”.) na entidade.
“O franchising vive um momento delicado, porém, a ABF está, cada vez mais engajada, na propagação de informações corretas aos seus associados, de modo que possamos blindar nossos negócios em tempos de crise e superar essas adversidades”, afirmou.
Fazendo referência às palavras ditas pelo ministro Luiz Fux no primeiro dia do Simpósio, Dra. Adriana observou ainda que “o princípio da boa fé objetiva, na relação de franquias sempre existiu por meio da COF [Circular de Oferta de Franquia]. A boa fé objetiva vai além do contrato”, afirmou.
Para a Dra. Eloísa, “a virada de bandeira deixará consequências para o franqueador por um longo período”. Ainda de acordo com a advogada, o criador da marca deve resguardar-se no contrato de franquia. Os possíveis impactos à rede também foram abordados no painel. Na visão da Dra. Mariana, entre eles estão danos e riscos à reputação da marca.
Já a respeito dos mecanismos de punição ao franqueado que comete a virada de bandeira, a advogada do CNA explicou que a rede de escolas de idiomas protege o padrão arquitetônico da marca, depositando o projeto no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, e mantém um eficiente sistema de gestão. Ainda segundo ela, o franqueador deve avaliar os impactos, antes de conceder o território para exploração de novos franqueados. O debate foi encerrado com respostas dos painelistas às perguntas feitas pela plateia.
FOTOS: Keiny Andrade