Na segunda parte do Pós-IFA ABF 2018, especialistas em franquias analisaram importantes temas discutidos na Convenção do franchising americano, que impactam o setor. Adriana Auriemo, diretora de relacionamento, microfranquias e novos formatos da entidade, coordenou o painel que contou com a participação de Gabriel Di Blasi, diretor jurídico da ABF Seccional Rio de Janeiro, e os advogados Melitha Novoa Prado e Sidnei Amendoeira .
Di Blasi comentou a respeito do “joint employment”, quando o empregado verdadeiramente entende que está trabalhando com dois empregadores, o que não se aplica aos franqueadores. O vínculo empregatício na franquia é estabelecido legalmente entre franqueado e colaborador.
Sobre internacionalização, Melitha destacou que os modelos híbridos predominam nos Estados Unidos: redes que atuam, de acordo com sua estratégia de internacionalização, com máster fraqueados ou desenvolvedores de área.
O Contrato de Franquia também foi tema de análise. De acordo com a advogada, a tendência do ponto de vista jurídico é a simplificação. “Tem que simplificar o modelo jurídico”, defendeu.
Amendoeira falou sobre a diferença entre a Circular de Oferta de Franquia e o Franchise Disclosure Document (FDD), documento do franchising americano similar à COF brasileira. Segundo o advogado, no FDD o franqueador americano é obrigado a separar unidades próprias de franqueadas e multifranqueados dos unitários, especificando também os resultados das unidades por região. “Tudo em busca de transparência, de uma relação de igual para igual”. Di Blasi defende que é preciso “tratar diferente os desiguais na medida da sua desigualdade”.
Expansão
André Friedheim encerrou o evento falando sobre expansão. Segundo o vice-presidente da ABF, pesquisas do franchising americano mostram que se o retorno aos “leads”(contatos de potenciais franqueados feitos por mídias digitais) for feito em até 4 horas, a chance de fechar negócio é de cerca de 30%. “O ideal é responder os e-mails em até meia hora”, disse. Ainda segundo Friedheim, 70% pessoas que participam do “Discovery day” (dia de visita para conhecer a franqueadora) decidem por comprar a franquia.
Segundo o vice-presidente, a lição mais importante aprendida pelo Grupo ABF na missão à IFA foi a flexibilização para incentivar a expansão internacional da marca: tamanho, cardápio, equipamento, dentre outros itens, devem ser flexibilizados para viabilizar ou ampliar a participação internacional das redes.
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Pós-IFA ABF 2018: confiança e estratégias para desenvolvimento das redes
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Fotos: Keiny Andrade