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Franquias ganham a atenção de jovens empreendedores

O Diário Online – Fernanda Bertola – 05/04

Metade dos universitários quer abrir a própria empresa e é crescente o interesse de pessoas com idades entre 18 e 30 anos neste modelo ‘pronto’ de negócio, considerado ideal para quem tem pouca experiência profissional

Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), abrir um negócio próprio é o desejo de metade dos jovens universitários brasileiros. E as franquias estão entre os modelos mais atrativos para quem tem entre 18 e 30 anos – dados divulgados pela Rizzo Franchise mostram que o número de empreendedores nessa faixa etária, que abriu franquias entre 2010 e 2012, cresceu 21,4%.

Não à toa: entre 2003 e 2013, o faturamento do mercado de franquias no Brasil saltou 398%, e o número de unidades franqueadas pulou de 56 mil para mais de 114 mil em todo o País, conforme dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Mas o que a grande maioria dos jovens busca neste sistema é o baixo risco, porque esse tipo de negócio está pronto e, muitas vezes, a marca já é conhecida no mercado. Soma-se ainda todo o suporte recebido, que garante mais segurança a quem tem pouca experiência profissional.

É o caso dos jovens irmãos Luiz Renato Arietti Nais, 26, e Marcus Vinicius Arietti Nais, 28, que inauguraram há poucos dias uma franquia de chocolates finos em um shopping da cidade. Marcus é biólogo e engenheiro agrônomo, e atua em uma multinacional. Luiz Renato é formado em comunicação e relações internacionais, e trabalha em uma consultoria de negócios internacionais, relações governamentais e política. Ambos sempre tiveram o desejo de ter o negócio próprio, mas sem abrir mão da atual ocupação.

“A escolha de uma franquia tem relação com a continuidade de nossas carreiras. Com uma franquia é possível ter toda a assistência para a abertura e manutenção do negócio, sem que seja necessário deixar as carreiras tão cedo. Nesse sentido, continuar trabalhando em paralelo é parte da nossa estratégia de fazer crescer os negócios. Mobilizando recursos aqui e ali, viabilizamos o investimento, e o objetivo inicial é continuar poupando para solidificar o negócio antes de ampliá-lo”, diz Marcus.

A dupla avaliou diversos setores e concluiu que cosméticos e alimentação tinham maior potencial de crescimento. A decisão pela franquia de chocolates finos se deu por causada situação econômica do País, que vem desaquecendo nos últimos anos. “A marca é resiliente, tem público fiel e é mais estável financeiramente”, explica ele. O processo todo, da pesquisa inicial até a conclusão do negócio, demorou cerca de nove meses.

A responsável pela gerência da loja é a namorada de Marcus, Bárbara Fonseca, 25, e quatro funcionários completam o quadro. “Minha namorada e minha mãe, Mara, foram primordiais durante o processo de implantação da loja, e ainda mais nos dias que se seguiram após a inauguração. São elas que estão nos ajudando com a operação in loco do negócio, e serão essenciais para o projeto de continuidade dos nossos investimentos. Elas possuem conhecimento necessário que será perpetuado em nosso grupo.”

A intenção é continuar investindo na otimização da loja, seja no treinamento de funcionários ou na gestão do negócio, e focar no atendimento ao cliente. A estimativa é de que o investimento retorne em 24 a 40 meses.

Franqueador

Aos 29 anos, Robson Osny de Camargo Dolberth Filho está do outro lado do balcão. Com 27 anos, o empreendedor inaugurou uma temakeria, com mais três sócios, um deles sushiman, e acabou transformando o negócio em franquia.

“Enquanto cursava a faculdade, minha vontade era montar um café cultural, um espaço descontraído para unir três das minhas maiores paixões: café, livros e música, não necessariamente nessa ordem. Contudo, depois que me formei, fui trabalhar no escritório de advocacia do meu pai, em Balneário Camboriú (SC). A insatisfação com os rumos da carreira e da vida me motivou a buscar uma nova experiência profissional”, conta. Para viabilizar o negócio, ele e um amigo venderam seus respectivos carros, depois encontraram outro sócio. Nascia então a temakeria.

Após cinco meses de operação, uma empresa especializada em consultoria e assessoria para a criação de modelos de franquia entrou em contato. “Fizemos inúmeras reuniões até fecharmos negócio e iniciarmos os trabalhos. De acordo com a ABF, o setor cresceu nos últimos anos, principalmente na área de alimentação, e franquear é uma maneira rápida de expandir o negócio. A grande vantagem em ser franqueador é ter elevada autonomia para tomar as decisões da marca e ver pessoas acreditando em um modelo de negócio criado por você”, justifica.

A marca tem três lojas e o grupo é dono da unidade em Maringá. Robson pretende ter mais lojas próprias (se tornar franqueado da própria franquia). Ele é formado em Direito e já fez cursos no Sebrae sobre gestão. Isso porque os maiores desafios enfrentados desde a abertura da primeira unidade estão ligados à gestão de pessoas, uma carência não debatida durante a faculdade.

“Por ser jovem, poucos foram os momentos em que me senti inseguro de arriscar. Penso que o espírito aventureiro de correr riscos é uma característica da juventude e que a insegurança é uma consequência para o medo do desconhecido. No meu caso, eu minimizei a minha insegurança por meio de estudos e me associando a pessoas que detinham conhecimento que eu não tinha.”

Ousadia e inovação refletem essa geração

O professor de Empreendedorismo e Marketing do Núcleo de Ensino a Distância da Unicesumar, Anderson Katsumi Miyatake, afirma que o formato de franquia é conhecido popularmente como ‘mais fácil’ que uma empresa convencional, uma vez que se trata de um produto ou serviço já conhecido e testado no mercado. Além disso, contam pontos o apoio do franqueador, que tem interesse direto no sucesso do franqueado, a troca de experiências com outros franqueados e até mesmo com o franqueador, permitindo tirar dúvidas e pensar em soluções de forma conjunta. Este suporte é fundamental, ainda mais se o empreendedor não tem muita experiência nos negócios, já que os primeiros meses são os mais críticos.

Segundo o especialista, é natural que os jovens pensem em novidades e queiram inovar, também por conta disso, estão mais propensos aos riscos. A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) realizada no Brasil pelo Sebrae e Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) revela que 44% dos brasileiros sonham em ter o próprio negócio. A faixa etária jovem é mais empolgada, antenada e apaixonada, o que se reflete também no mundo dos negócios. “Nos últimos anos a faixa de até 30 anos é a segunda com maior número de empreendedores. Esse perfil é motivado por desafios, cria oportunidades em novos mercados ou identifica nichos ainda não explorados”, analisa.

A forma de montar estratégias de negócio também é mais ousada. Outra pesquisa citada por Miyatake, da Endeavor, estima que 90% dos jovens acreditam ser capazes de resolver problemas, além disso utilizam a criatividade e a interação online para uma gestão dos negócios colaborativa. A capacidade de enxergar boas oportunidades mostra certa preferência por franquias nas áreas de tecnologia, educação e alimentação.

A consultora do Sebrae/PR Vânia Claus acrescenta que o jovem franqueado agrega valores como ousadia e inovação. Ela afirma que geralmente é a paixão pelo produto ou serviço escolhido que determina a escolha por essa ou aquela franquia.

A maneira como os jovens lidam com os problemas também é diferente, eles buscam respostas mais rápidas. Em vez de criar vários sistemas para encontrar soluções, preferem simplificar processos e formalidades. Há softwares gerenciais sofisticados que geram informações para o gestor que contrabalançam a falta de experiência de vida.

Outro diferencial citado pelo professor, além da bagagem acadêmica, é a qualidade da comunicação e o feedback. Essa troca entre gestor e colaboradores, franqueado e franqueador gera uma percepção mais flexível, e isso ajuda na resolução de conflitos.

“O jovem tem um estilo de administrar que leva em conta o meio e as pessoas que o cercam, portanto tende a valorizar mais a si mesmo enquanto gestor e a equipe”, acrescenta Vânia.

Miyatake acrescenta que a preocupação genuína com a sustentabilidade ajuda a pensar em longo prazo e gera uma concorrência mais transparente, o que é muito bom para o mercado.

 

 

Veja algumas matérias do Portal do Franchising, que vão te ajudar ainda mais entender o que é a franquia certa:

Leia mais:

Separamos artigos de outros sites com textos bem interessantes, um deles é o do Sebrae, que fala sobre franquias e gerenciamento de negócios.

Abaixo separamos alguns links para vocês acessarem, vale muito a pena:

 

O outro site é o da Endeavor, que também tem esse texto bem interessante para você ir além no beabá do franchising:


Entendendo Franchising

 

Confira também o curso Entendendo Franchising da ABF.

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