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Estratégias de expansão se reinventam a cada ano

Estratégias de expansão se reinventam a cada ano
(Da esq. para a dir.): André Giglio (ABF/Sushi Chic), Samuel Lloyd (Urbia Parques), Mario Thutler (Strip Malls), Marcelo Carpegiani (CCR) e João Pita (GRU Airport) durante o Congresso de Expansão de Redes

Redes revisam as mudanças no comportamento de passagem do dia a dia ou destino dos consumidores para a escolha dos Pontos Comerciais eficaz.

O segundo dia da ABF Franchising Week começou com o Congresso de Expansão de Redes sendo apresentado por Tom Moreira Leite (presidente da ABF/Grupo Trigo) e Renata Rouchou (coordenadora da Comissão de Expansão e Pontos Comerciais da ABF/Casa Bauducco).

“Aqui entram a força e o pensamento não binário para o crescimento de qualidade. Vamos agir como leões em prol do sucesso das redes de franquias, que se reinventam para alavancar suas estratégias de expansão e o relacionamento com os franqueados e clientes”, afirmou Tom.

A primeira palestra foi ministrada por Eduardo Santinoni (diretor adjunto de Expansão da ABF/Y Consultoria) sobre a Novidade: Pesquisa que tem sinergia com Expansão. Em seguida, André Giglio (membro da Comissão de Expansão e Pontos Comerciais da ABF/Sushi Chic) moderou o debate, composto pelos painelistas: João Pita (GRU Airport), Marcelo Carpegiani (CCR), Mario Thutler (Strip Malls) e Samuel Lloyd (Urbia Parques).

Em seguida, Carlos Bauducco (Casa Bauducco) falou de Estratégias diferenciadas de Expansão, Alexandre Birman (Arezzo & Co) teve sua palestra voltada para O impacto das plataformas de marcas nas estratégias de expansão das empresas e, para finalizar, Rony Meisler (Reserva) abordou Estratégia de Expansão: O case Reserva e a Arte de Multiplicar o Sucesso.

Novidade: Pesquisa que tem sinergia com Expansão

Santinoni falou sobre a importância do trabalho em conjunto no quesito experiência dentro da franqueadora, considerada a base do investimento, quanto nas unidades dos franqueados. “Os dados nos ajudam na ideologia básica dos projetos de expansão. Entender como as gerações trabalham em conjunto é fundamental para a condução do fechamento de um negócio”, disse.  Neste cenário, o executivo apresentou as principais diferenças dos perfis de investidores em franquias.

Dados da ABF apontaram que 15% têm entre 40 e 55 anos, majoritariamente masculino, com experiência em gestão. Em segundo lugar, 29% possuem entre 30 e 40 anos, com menos aptidão a riscos e ainda composto majoritariamente por homens com cargos de diretoria. Ocupando cargos mais baixos, temos 39% dos empreendedores em estágio inicial da carreira e entre 25 a 55 anos, 51% feminino, com menos experiência e capital mais enxuto para investimentos.

Diferentes Oportunidades de Expansão – conquistando novos espaços

Como moderador do primeiro debate da manhã, Giglio iniciou falando sobre a necessidade de um espaço físico de grande parte das franquias, “no entanto, notamos uma diferenciação para os modelos mais enxutos dos pontos comerciais desenvolvidos, principalmente depois da pandemia, o que tem chamado a atenção”, comentou.

No contraponto, para Lloyd, o Brasil é um país com imenso potencial comercial e o turismo na Urbia Parques fornece o consumo que complementa a experiência “é simples: o parque é um destino, então, criamos memórias afetivas entre a marca (provedora da administração do parque, pontos de alimentação e acessórios turísticos), a natureza e os visitantes dos parques brasileiros”, reiterou.

Já Thutler completou que a conveniência é direcionada para o dia a dia, na volta para a casa, com coisas rápidas e práticas para serem compradas. “Esse tipo de operação em rua tem o foco na passagem, não no destino e tem apresentado resultados excelentes”, disse. Já Carpegiani apontou que alimentação é o ponto chave do comercio rápido de conveniências, mas os outros segmentos vêm surpreendendo. “Começamos a notar que as pessoas se programam para uma passadinha rápida nessas lojas pequenas e práticas e compram roupas, sapatos, cosméticos e remédios”, afirmou.

No entanto, Pita concluiu que o Aeroporto Internacional de Guarulhos recebe 12 milhões de pessoas e é um ponto chave para quem entra no País. “Precisamos focar em todos os segmentos para atender aos mais diferentes tipos de personalidades e culturas, lincando isso ao Brasil não só a São Paulo. É por isso que trabalhamos com um mix segmentos oferecidos e entre as unidades de franquias da própria marca e lojas independentes de fraqueados, sempre em busca de marcas já conhecidas”, comentou.

Estratégias diferenciadas de Expansão

Bauducco apresentou a todos a história da família e da marca, que leva no sobrenome. A chegada de seu avô há 70 anos ao Brasil abriu oportunidades a partir do momento que verificou a ausência de panettones no País. A partir de então, a receita conquistou os corações brasileiros e hoje está em mais de 50 países, com diversificação de 150 produtos e mais de 7 mil colaboradores diretos.

Para o executivo, a marca, seu valor e a consistência são pontos que moldam a maior fabricante de panettones do mundo e uma das maiores fabricantes de produtos forneados da América do Sul. Dados apontam que a Bauducco é a 3ª marca mais consumida no Brasil, sendo dois milhões de produtos consumidos por ano. “O nosso próprio slogan fala do jeito família de ser e nós levamos a sério isso com o seguinte pensamento: só faça aquilo que você serviria ao seu filho”, afirmou o executivo.

Além disso, o D2C (direct to cunsumer) é um novo pilar da marca e consiste em quatro pontos: Loja de fábrica (com mercadoria e testes centralizados), Loja de marca (focada em experiência, com o uso mais aguçado da digitalização e amplitude de produtos da marca), E-commerce (união da live commerce, loja sazonal e clube de compras por assinatura) e a Casa Bauducco (nasceu para transmitir os valores da marca em formato de experiência de produtos e serviços – uma cafeteria e empório em um só lugar). “Esse último modelo vem com a nossa ideia inicial de comer as fatias de panettones com um café, mas sem deixar de lado todo o portfólio de produtos da marca e experiência completa no serviço em diversos lugares”, concluiu.

O impacto das plataformas de marcas nas estratégias de expansão das empresas

Para contar sobre a história da Arezzo & Co, Alexandre Birman subiu ao palco. “A marca nasceu diante do fracasso dos sapatos masculinos, que abriu a oportunidade para o meu pai reformá-los. Aos poucos, ele passou a fabricá-los e assinar Arezzo no solado em 1972. Mas, em 1974, o estilo de sandália Anabella deu a guinada na marca”, relembrou.

Com o passar dos anos, a marca foi se fortalecendo diante de reformulações industriais, varejista e corporativa, se abrindo ao setor de franquias. Atualmente, a Arezzo trabalha com 445 lojas próprias. “Hoje temos a maior fábrica de protótipos de calçados, com a fabricação de mais de 70 mil sapatos por ano, uma produção omnichannel, integração e geral completa de times”, comentou.

O executivo frisou, ainda, que a empresa expande conforme os dados analíticos, informações, objetivos claros e relacionamento com os franqueados. “Escolha um bom ponto. O franchising é um ser vivo e precisamos fomentar o relacionamento, conhecimento da praça e engajamento interno e externo”, finalizou.

Estratégia de Expansão: O case Reserva e a Arte de Multiplicar o Sucesso

Para finalizar a última palestra da manhã, Meisler (Reserva) contou que a definição dos valores da marca sempre foram cruciais para o crescimento contínuo e desenvolvimento de uma referência na moda. “Cuidar, emocionar e transformar nos definem. Temos foco e respeito pelas pessoas. Sonhamos grandemente, testamos e evoluímos para acertar. Temos mente aberta e o compromisso com os resultados e pessoas certas”, comentou.

Além disso, ele falou que a “jornada do cliente começa com o boca a boca”, a partir de então se vai ao Google, site da loja, escolha dos produtos ou ida até a loja e compra. No entanto, ao longo dos anos, reformas nas lojas físicas foram necessárias, bem como a detecção dos problemas, ampliação no parque de produção, criação de marcas para atingir diferentes faixas etárias e o ecossistema Reserva – que consiste na correlação de subcategorias da marca, seja no virtual ou online.

“Mais do que um franqueado, os donos das lojas são nossos sócios locais que se moldam com produtos, estratégias de redes sociais, potenciais de venda e fidelização do pós-venda”, afirmou Meisler. Atualmente, a Reserva possui 78 lojas e pós-pandemia do coronavírus se reinventou com o projeto de franquia light – um modelo mais enxuto e barato para unidades localizadas em cidades de até 250 mil habitantes.

Depoimentos

“De tudo que escutamos, as experiências e cases, vou levar o fato de levar o franchising como um ser vivo. Não é um setor fechado e estático no Brasil. Isso foi muito marcante”, disse Hugo Casasanta (Casa do Celular).

“Adorei o conteúdo das palestras”, disse Jorge Mariano (Grupo Halipar).

Foto: Keiny Andrade