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Especialistas debatem os desafios do repasse de franquias em Encontro Jurídico Virtual ABF

Especialistas debatem os desafios do repasse de franquias em Encontro Jurídico Virtual ABF
Encontro Jurídico Virtual ABF

Apresentações foram ministradas ao vivo e online pelas advogadas especialistas do setor de franchising Luciana Morse e Melitha Novoa Prado

15/08/2022

O Encontro Jurídico Virtual da ABF deste mês reuniu especialistas do setor jurídico para um debate sobre o tema Os Desafios do Repasse de Franquias, seus objetivos,  riscos e oportunidades. Exclusivo para os associados, o evento foi realizado na manhã dessa quarta-feira, 10/8.

Maurício Costa, coordenador da Comissão de Estudos Jurídicos da ABF

O evento contou com uma breve apresentação de Maurício Costa, coordenador da Comissão de Estudos Jurídicos da ABF e sócio do Morse Advogados Associados, e um aprofundamento sobre o tema com Luciana Morse, também sócia do mesmo escritório, e Melitha Novoa Prado, sócia-fundadora do Novoa Prado.

Melitha Novoa Prado, sócia-fundadora do Novoa Prado

Melitha iniciou o debate comentando sobre a importância da empresa franqueadora se atentar ao pré-repasse até a conclusão final do negócio com o franqueado. “Essas negociações são, na verdade, discussões de problemas para uma melhor solução conjunta e a pandemia do coronavírus trouxe isso à tona, quebrando paradigmas do assunto”, afirmou. Além disso, a advogada frisou que essa ação por parte da franqueadora é uma forma de possibilitar ao franqueado vendedor recuperar parte de um valor investido, do mesmo modo que o novo franqueado já compra uma unidade de uma marca bem estabelecida. Para a franqueadora que adquire a unidade, a operação do negócio em suas mãos é uma estratégia para manter a qualidade dos serviços e produtos ofertados.

Luciana Morse, sócia da Morse Advogados Associados

Negociação entre as partes

De acordo com Luciana, a definição do preço e as formas de pagamento são monitorados pela franqueadora e outros franqueados para que não haja um certo abuso de ambas as partes. “É muito mais vantajoso o franqueador motivar o franqueado a continuar com o negócio, do que ter um novo que irá iniciar o seu negócio do zero”, observou.

A responsabilidade pela sucessão empresarial, os ativos da unidade franqueada,  carteira de clientes do estabelecimento, estoque, obrigações trabalhistas e contratos de locação  também devem ser bem definidos. “O mais recomendável é assinar um Memorando de Entendimentos para finalizar a fase de negociação, a fim de deixar mais formalizadas as regras entre as partes”, afirmou.

Melitha reiterou, ainda, que como o repasse é uma solução, ser criterioso é uma necessidade. Segundo ela, atualmente as franqueadoras possuem um setor ou alguém preparado para acompanhar essas transações. Elas devem analisar o valor da operação e ajudar o vendedor a prospectar e avaliar compradores para, então, aprovar o repasse. Este não é aprovado quando a unidade franqueada possui passivos ou contingências expressivas, como inadimplências, por exemplo.

Foto: ABF/Divulgação