Bruno Torreira (Grupo Trigo) e Valerio Travain (Grupo Sallus) compartilharam as boas práticas do dia a dia da governança na cadeia de fornecedores
A ABF realizou mais um Encontro Jurídico, desta vez debatendo o ESG com foco na governança da cadeia de fornecedores do sistema de franquias. Maurício Costa (Morse Advogados), coordenador da Comissão de Estudos Jurídicos da entidade, conduziu o evento online, realizado na quinta-feira (14/03), que contou com a participação dos heads jurídicos Bruno Torreira (Grupo Trigo) e Valério Travain (Grupo Sallus).
Os especialistas compartilharam as boas práticas do dia a dia da governança na cadeia de suprimentos nas redes de franquia, o que, em sua visão, colabora sobremaneira para o fortalecimento do franchising íntegro.
Na visão de Torreira, os fornecedores são fundamentais na estrutura do franchising. “O sistema de franquias tem na cadeia de suprimentos um elo importantíssimo e imprescindível para o sucesso do negócio. A cadeia de suprimentos está para o sistema de franquias assim como os clientes estão”, afirmou.
Travain ressaltou também a importância do fornecedor para a rede. “Ele é estratégico para os nossos negócios e um parceiro acima de tudo”.
Os cuidados da empresa franqueadora no acompanhamento do trabalho dos seus fornecedores também foram destacados pelos advogados. De acordo com o head jurídico do Grupo Trigo, são exigidos dos fornecedores a conformidade regulatória, como por exemplo, na adequação de rótulos. Além disso, a franqueadora identifica a capacidade de suprimento da empresa para que ela seja homologada como fornecedora. Segundo Torreira, o fornecedor deve tomar ciência da política interna do Grupo, principalmente em relação a temas como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as práticas anticorrupção e ao trabalho de menores.
Com relação aos franqueados, Torreira afirmou que no Grupo Trigo eles têm canal aberto para que deem feedbacks a respeito dos fornecedores. No Grupo Sallus, o consultor de campo tem papel importante nesse trabalho de acompanhamento do fornecedor, disse Travain.
Também foi destacada como prática indispensável para a melhor governança na cadeia de suprimentos nas redes de franquias em ambas as redes, que a comunicação deve envolver abertura e transparência, incentivo ao diálogo e à colaboração com o objetivo de se construir relações comerciais sólidas.
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