Evento on-line reuniu especialistas que falaram do processo de implantação e dos desafios da transformação digital
Uma das mais novas da ABF, a Comissão de Transformação Digital realizou no último dia 25/11 seu primeiro encontro, virtual devido à pandemia. O evento contou com a participação de Gustavo Schifino (DX.CO e Trópico), coordenador da Comissão da entidade, José Rubens Rodrigues (Guia-se), coordenador da Comissão de Microfranquias e Novos Formatos, Julio Monteiro, CEO da Megamatte, Ana Flavia Martins, diretora de negócios da Algar Telecom, e Alexandre Goto, sócio-diretor da Dennova, membros da Comissão.
Inevitável, a transformação digital coloca as pessoas no centro de tudo (people centric, em inglês) em um mundo “mais humano, mais digital e com menos grana”, diz Schifino. E para quem considera a tecnologia o principal fator nesse processo, ele ressalta: “A tecnologia é consequência na transformação digital”.
Uma espécie de paradigma quebrado pela transformação digital é não temer o erro. “A essência da transformação digital está relacionada ao laboratório, à bivoltagem”, afirma Schifino. Para ele, no processo de implantação da transformação digital, o primeiro e importante passo é “se permitir errar, se permitir tentar, criar a cultura do erro, e às vezes até recompensar o erro”, defende.
De acordo com Monteiro, “transformação é um processo de inovação e inovação é um processo de mudança, e não é um processo simples”. Ainda segundo o executivo, nesse processo devem ser envolvidos os profissionais da franqueadora, o franqueado e o consumidor, do contrário ele não será bem-sucedido.
Para que esse sucesso seja alcançado, um outro aspecto defendido pelos especialistas é que a empresa, além de ter a cultura da transformação digital, deve ter um núcleo externo que trabalhe para que ela passe também por um processo de disrupção. “Sem ajuda externa vai ser muito difícil fazer a transformação digital do seu negócio”, diz Schifino.
“O digital veio para potencializar”, observa Rodrigues. Concordando com a visão de Monteiro, para o executivo, uma cultura bem consolidada e um engajamento maior dos franqueados possibilitam ao franqueador dar passos mais largos para promover a transformação digital na rede.
Segundo Ana Flávia, qualquer mudança gera resistência. Porém, na rede de franquia, se alguma iniciativa de transformação digital der resultado financeiro ou gerar eficiência operacional, ou aumentar ganhos em algum aspecto, o franqueado se abrirá para a mudança.
Por paradoxal que possa ser, segundo Schifino, o termo “transformação digital” deve desaparecer porque fará parte do nosso dia a dia. “Devemos ser amigos do futuro”, conclui.
Imagem: ABF/Reprodução