Nesta segunda (30/01), teve início a programação oficial da 57ª Convenção da International Franchise Association (IFA), principal entidade representativa do setor nos Estados Unidos e uma das principais referências em nível global. Com mais de 4 mil pessoas, a Convenção bateu seu recorde de participação. Como ocorre há ao menos 20 anos, a ABF marcou presença com uma missão de empresários brasileiros, que se dividiu para acompanhar os principais temas em dezenas de eventos e palestras paralelas.
Na conferência magna de abertura, o presidente da IFA, Robert Cresanti (que esteve presente no Congresso Internacional de Franchising em 2016), ressaltou a importância do franchising para a economia norte-americana e reiterou o papel da IFA em fortalecer e perpetuar este mercado, que emprega de forma direta mais de 7,6 milhões de pessoas só nos Estados Unidos. Já Aziz Hashim, presidente do Conselho da entidade, relatou os resultados preocupantes de uma pesquisa realizada pela IFA recentemente.
Dentre outras conclusões, a pesquisa relevou o baixo conhecimento da população e até de funcionários de lojas franqueadas acerca do sistema de franchising. Por exemplo, 76% dos colaboradores de unidades franqueadas afirmaram entender que recebem seus vencimentos da marca, ou seja, do franqueador, e não do franqueado como efetivamente ocorre. Essa falta de conhecimento deu margem a projetos de lei e outras ações que prejudicam o sistema nos EUA. Para combater esses movimentos, a IFA lançou a campanha “Nossa Franquia” (“Our Franchise”, no original em inglês) para disseminar, por meio de materiais simples a acessíveis, o conceito do franchising em todo o País.
A palestra de abertura ficou a cargo de Tim Ferriss, consultor, empresário e escritor, autor do livro “The 4-Hour Workweek”. Além de conferencista requisitado, Ferriss faz parte de diversas listas de referência nas áreas de inovação e produtividade. Para Ferriss, se “conhecimento é poder” as “perguntas são rei”, ou seja, para ele a chave para se ganhar maior produtividade ou mesmo inovar está sem se fazer as perguntas corretas.
Ele mostrou também sua metodologia DEAL – Definição, Eliminação, Automação e Liberação para a administração de tempo e atividades de trabalho. Nessa abordagem, ele propôs também 13 perguntas que deveríamos nos fazer nas empresas, como “Se eu fizer isso da forma oposta ao modo que eu faço agora por 48 horas, qual seria o resultado?” ou “E se eu pudesse trabalhar apenas duas horas por semana em meu negócio, o que eu faria?”. Em linhas gerais, Ferriss buscou demonstrar a importância de se questionar consensos e “desprogramar” nossa mente de que algo não pode ser feito de forma diferente e isso de forma ampla.
Fotos: ABF/Divulgação