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Atraente e Rentável

Revista Meu Próprio Negócio – Milton Correa Jr. – 20/05 
 
O Brasil bate recordes com o consumo de cosméticos, perfumaria e produtos de higiene pessoal, despontando como um dos principais mercados consumidores do mundo terceiro no ranking mundial e defendendo uma fatia de 9,6%, atrás apenas dos Estados Unidos, com 15,9%, e do Japão, com 10,9%. Dados divulgados em abril de 2013 pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) revelam que a indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) no País manteve uma expansão acima dos dois dígitos cresceu 15,62% no ano passado em valor de vendas líquidas -, passando de R$ 29,4 bilhões em 2011 para R$ 34 bilhões em 2012. Sua média de crescimento real nos últimos cinco anos ficou na casa dos 10%, com a expectativa de uma taxa de crescimento anual acima dos dois dígitos até 2017. A feira anual Beauty Fair, que já se consolidou como a segunda maior do setor no mundo, em sua 8a edição (2012], ocupou uma área de 82 mil m2 e abrigou mais de 480 expositores, representando mais de mil marcas e atraindo cerca de 140 mil visitantes, inclusive do exterior. Dados da Abihpec e do Instituto Data Popular mostram que o setor de beleza no País está entre os que mais geram oportunidades, empregando cerca de 3,4 milhões de pessoas, sendo que há mais de uma década ele cresce em um ritmo muito maior do que o PIB nacional, cerca de 10% ao ano. Entre os fatores que sustentam tão bons números está a ascensão da nova classe média, o crescente número de mulheres no mercado de trabalho com renda própria e a necessidade de cuidar mais de sua aparência, bem como mudanças na mentalidade da sociedade, que elevaram a vaidade masculina e a busca de todos por bem-estar.
 
Se a política de distribuição de renda e os impostos se mantiverem, a expectativa do mercado nacional é repetir o bom desempenho. Afinal, apenas 40% das brasileiras compram batom, publicou o diário britânico Financial Time assinalando o quanto o setor ainda pode crescer -, e, só nos seis últimos anos, 20 milhões de brasileiros saíram da pobreza.
 
Na opinião de Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF, vale a pena investir no mercado de saúde e beleza. “46% dos empregos formais no Brasil estão nas mãos de mulheres. Além disso, a renda dos trabalhadores tem crescido acima da inflação e os homens também estão procurando mais os centros de estética, seja para serviços de depilação, massagens, tratamento de pele ou emagrecimento. Para ele, há ainda mais vantagens se o investidor optar pelo setor de franquias, especialmente se for o primeiro negócio. No modelo, o empreendedor conta com orientações para a sua unidade dar certo, respaldo de uma marca conhecida e apoio para a divulgação o que é especialmente mais pesado no início de um empreendimento. Camargo informa que em 2012 o setor de esportes, saúde, beleza e lazer ficou em 4o lugar no ranking dos segmentos de franquias que mais cresceram: o índice foi de 21,4%, com 475 bandeiras em atividade e 19.767 unidades em operação, sendo que, como um todo, o setor de franquia registrou crescimento de 16%.
 
Quanto ao público mais atraente, no centro do alvo, está a população que ganha entre três e dez salários mínimos, com uma média de gastos por habitante na faixa de R$ 60 e R$ 65 por mês, Só em 2011, essa fatia da população, que já é maioria no Brasil, gastou R$ 24,3 bilhões em salões de beleza, lojas de cosméticos e clínicas de estética. Com a procura em ascensão, aumentaram os números de salões de beleza no País. Dados da Associação Nacional do Comércio de Artigos de Higiene Pessoal e Beleza (Anabel) revelam que o número de salões passou de 309 mil, em 2005, para 550 mil, em 2010 crescimento de 78%. E os gastos mensais das famílias com serviços de cabeleireiro ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão crescimento de 44% nos últimos seis anos.
 
ALTERNATIVA DO FRANCHISING
 
Se você se sentiu atraído pelo nicho, que tal um salão de beleza voltado para as classes B e C, que oferece pacotes promocionais e condições especiais de pagamento Esse é o conceito que a rede de salões de beleza temáticos Miss Hollywwod está implantando no País. A franquia já possui 21 unidades em funcionamento e 30 com inauguração prevista ainda para 2013. O criador desse conceito de salão tem larga experiência na área de beleza e no setor de franquias. É o médico Edson Ramuth, fundador da rede Emagrecentro, com 210 unidades no Brasil. Nessa sua nova investida, Ramuth idealizou um modelo de franquia pioneiro para a rede Miss Hollywood: um salão de beleza temático, cuja decoração lembra o glamour de Hollywood, a cidade das estrelas de cinema. Nele, os clientes têm a seu dispor os serviços de manicure, pedicure, depilação, bronzeamento artificial e estética facial.
 
Para abrir uma unidade Miss Holywood, o investimento inicial é de cerca de R$ 40 mil e a estimativa de recuperação do capital é de 12 meses. Retorno rápido e aporte baixo convenceram Silvia Martins a abrir uma unidade no bairro de Vila Mariana, em São Paulo (SP). Ela conta que trabalhava na área de pesquisas de mercado há dez anos e, como tinha um diploma de curso de cabeleireira, resolveu pôr seus conhecimentos em prática abrindo seu próprio negócio. Porém, não sabia ao certo onde investir e foi pesquisar as alternativas. Ao estudar o setor de franquias, julgou a rede Miss Hollywood a opção ideal para o que desejava. “Minha irmã seria minha sócia na empreitada, mas nenhuma de nós dispunha de muito capital”, conta. Após um ano e meio de atividades, Silvia Martins só tem motivos para comemorar: investiu R$ 35 mil e hoje seu lucro líquido gira em torno de R$ 20 mil mensais. O negócio vai tão bem que ela e a irmã já estão procurando um novo local para abrir uma segunda unidade, que, dessa vez, será no bairro de São Mateus, na zona leste da cidade. Silvia diz que ter optado pelo sistema de franquia foi uma decisão certa e que o respaldo que teve da rede foi essencial para os bons resultados. Ela acredita que, se tivesse aberto um salão com bandeira própria, não teria condições de oferecer os diferenciais que fazem do Miss Holywood um salão de beleza especial.
 
Entre eles estão os pacotes promocionais, que permitem serviços ilimitados, quantas vezes o cliente quiser, por uma taxa de R$ 59,90 por serviço. Caso o cliente feche mais de um pacote, ganha outros descontos. Além disso, há bônus adicionais de descontos e o conceito do Clube da Beleza: por um pagamento fixo mensal, os freqüentadores têm a possibilidade de usufruir de diversos serviços. “0 importante é trazer o cliente até aqui, pois ele será conquistado pelo nosso atendimento e pelas vantagens exclusivas. Estamos implantando um conceito novo em salões de beleza, com ações diferenciadas, só encontradas na rede Miss Holiywood”, assegura Silvia. Para ela, cuidar da aparência ajuda a ter sucesso na vida profissional e pessoal, e o mercado oferece diversos recursos, técnicas e tratamentos, que evoluíram muito. Com a meta de expandir seus negócios, Silvia conta que agora pretende fazer cursos de capacitação. “Adoro o que faço, estou no ramo certo e lutando para me realizar como empresária”, diz.
 
OPÇÃO NA ÁREA DE SAÚDE
 
0 empresário e médico Edson Ra- muth há tempos sabe o quanto o segmento de saúde e beleza pode ser promissor. Em 1987, vendo o crescente índice de obesos no País, ele fundou em São Paulo a clínica Emagrecentro, destinada a dar todo o suporte em tratamentos de emagrecimento e estética com qualidade e preços acessíveis para a maioria da população brasileira. Nesses 25 anos, o número de obesos no País cresceu hoje, praticamente metade dos brasileiros está acima do peso, de acordo com um estudo do Ministério da Saúde -, assim como sua clínica, que em 1994 tornou-se uma rede de franquias, atualmente em início de expansão internacional, com unidade no Panamá e prospecção de futuros franqueados em outros países da América Latina e também em Portugal. Foi justamente a solidez da franquia e o nome consagrado da clínica de emagrecimento que levou o fisioterapeuta Mauro Guedes e duas irmãs uma delas nutricionista a abrir em 2007 uma unidade da Emagrecentro em Sumaré (SP). “Minha irmã nutricionista havia me convidado para trabalhar em sua clínica (nutrição e estética) em um condomínio da cidade. Porém, logo percebemos que, se quiséssemos crescer e expandir as nossas atividades profissionais, teríamos de ter um negócio mais sólido e estruturado”, conta Mauro. Na época, eles investiram apenas R$ 10 mil, pois já tinham na antiga clínica de nutrição e estética praticamente todos os equipamentos necessários para a nova franquia, tudo exatamente dentro dos padrões exigidos. “Fomos a primeira clínica de emagrecimento da cidade realmente estruturada e pronta para dar um atendimento de alta qualidade com preços baixos e pagamento facilitado. Logo formamos uma boa carteira de clientes e o valor investido retornou rapidamente”, relata Guedes. Devido ao sucesso, os três sócios logo abriram, ao lado, outra franquia do grupo, a Emagrecentro Fítness, uma academia de ginástica destinada a mulheres que desejam cuidar da saúde e emagrecer por meio de atividades físicas de meia hora, especialmente desenvolvidas para o sexo feminino. Em 2009 partiram para mais uma empreitada, abrindo uma nova unidade Emagrecentro, dessa vez em Hortolândia (SP), e recentemente acabaram de adquirir outra em Paulínia (SP). “Compramos o repasse de uma franquia. Foi uma excelente oportunidade que não podíamos perder”, diz Guedes.
 
Ele afirma se sentir realizado como empresário administrando o seu próprio negócio, pois tem consciência de que, além de fazer o que gosta, ganha mais do que se estivesse trabalhando como empregado na área de saúde. “Tive de adquirir capacitação para gerir o meu negócio, pois não tinha formação na área administrativa e, aqui, preciso lidar com clientes e funcionários. Além disso, nem sempre é fácil encontrar médicos para trabalharem conosco, e menos ainda mão de obra especializada. Por isso, investimos em jovens recém-formados e damos a eles o treinamento necessário para atenderem com o padrão de qualidade que o nosso franqueador exige”, explica.
 
Guedes também atribui o sucesso do seu empreendimento ao fato de os três irmãos formarem um trio que se complementa: ele é fisioterapeuta, uma das irmãs é nutricionista e a outra trabalhou em laboratórios farmacêuticos. Ou seja, juntos, têm conhecimento sobre diferentes áreas da saúde. Hoje, as três clínicas e a academia de ginástica têm uma média de 50 a 70 novos clientes por mês por unidade. Guedes acredita que seu patrimônio gira em torno de R$ 300 mil por franquia. “Apesar disso, não venderia nenhum negócio. Gosto de trabalhar como empresário e estou satisfeito com o rumo das nossas investidas. Agora vamos centrar os esforços na estruturação da nova unidade de Paulínia e fazer de tudo para que ela seja também um sucesso”, finaliza.
 
ESTÉTICA EM ALTA
 
A franquia Spa da Pele surgiu em 2006, mas o início de sua trajetória teve origem em 1996, quando a esteticista Lucienne Souza inaugurou sua primeira clínica de estética em Curitiba |PR). Com o objetivo de conhecer mais sobre cosméticos e ter os melhores resultados nos tratamentos estéticos, ela começou a estudar a fundo os princípios ativos de vários produtos. Na época, sem encontrar o que desejava para seus tratamentos da pele, Lucienne resolveu unir seus conhecimentos com os de outros profissionais da área industrial de cosmética e desenvolver seus próprios produtos. A iniciativa deu certo e ela passou a vender os produtos para outros profissionais da área de estética e beleza. “Por meio dos meus cosmecêuticos, minhas colegas profissionais passaram a obter melhores resultados usando produtos realmente funcionais”, afirma Lucienne. Assim, em 2001, nasceu a marca Spa da Pele Cosmecêuticos, e com ela diversos outros produtos e processos estéticos exclusivos foram desenvolvidos. Para buscar parceiros comerciais com a mesma visão empresarial, em 2006, Luciene resolveu criar uma franquia. Disposta a garantir solidez a seu projeto, ela filiou a marca Spa da Pele à Associação Brasileira de Franchising, personalizou seu processo operacional e garantiu dessa forma um ótimo resultado de tratamento e a associação da marca Spa da Pele à excelência em qualidade. Com a expansão da rede, tornou-se inevitável ter autonomia na fabricação dos cosméticos e, em 2008, Lucienne deu mais um passo importante: criou a indústria cosmética L S Brasil Absolut, com o objetivo de minimizar custos e otimizar a funcionalidade dos produtos utilizados nas unidades Spa da Pele. A iniciativa garantiu a pontualidade na entrega, maior qualidade aos itens e preço justo aos mais de cem cosméticos fabricados. Hoje, a rede de franquias e distribuidores conta com mais de 36 unidades e tem pianos de exportação, tanto de produtos quanto de franquias. Para isso, já iniciou ações nesse sentido, por meio de parcerias firmadas em 2012.
 
Profissionalismo atrai investidores Graças ao profissionalismo que as unidades da rede passam aos clientes e a qualidade dos produtos Spa’da Pele, a ex-professora da rede pública Jaqueline Puerta, ao decidir empreender no sistema de franquia, elegeu a marca como parceira. Há seis meses ela abriu uma unidade em São Paulo (SP), no bairro do Jabaquara. Jaqueline sempre teve espírito de liderança e gosto para lidar com o ser humano e julgou que a área de estética, saúde e beleza seria um bom segmento para investir.
 
“Eu e meu marido pesquisamos diversas franquias do ramo. Eu mesma freqüentei várias delas como cliente, mas a Spa da Pele, por uma série de razões, como qualidade de atendimento e completa atenção ao franqueado, foi a que mais me agradou”, conta. O casal pretendia investir R$ 120 mil no negócio, mas acabou gastando R$ 350 mil para ter uma clínica de acordo com os padrões necessários para atender clientes das classes A e B. Eles acreditam que o retorno do capital acontecerá em dois anos, Jaqueline conta que, apesar de seu marido continuar trabalhando como auditor de informática, ele lhe ajuda na parte administrativa e, para ela se capacitar melhor para tocar o negócio, vem fazendo cursos no Sebrae-SP.
 
“0 fato de ter uma marca sólida por trás do negócio é um importante fator de segurança. Sem contar que o franqueador nos dá todo o atendimento necessário e temos todas as demandas atendidas na hora”, informa Jaqueline. Nesses seis meses de operação, sua unidade franqueada do Spa da Pele já conseguiu formar uma carteira de clientes e tem entre eles uma parcela significativa de homens que, cada vez mais, se preocupam com os cuidados com a pele e o corpo, procurando especialmente banhos e massagens relaxantes. Para atrair mais clientes, ela distribui f/yers nas redondezas, especialmente em restaurantes focados na classe A e em academias. Nesses locais suas funcionárias também fazem demonstrações de serviços estéticos e dos produtos Spa da Pele, despertando a atenção e o interesse dos frequentadores. Isso sem contar com a propaganda cooperativada. “Estou muito contente com a minha franquia do Spa da Pele e tenho certeza que estou trilhando o caminho certo. Por isso, os meus planos para este ano são o de estruturar o meu negócio, me dedicando ao máximo a ele”, diz a empresária.
 
FORMAÇÃO DE MÃO DE OBRA
 
Outra opção para ganhar dinheiro na área de beleza é investir em uma franquia especializada em capacitar mão de obra para o setor. Certo de que demanda por qualificação não faltaria, em 2005, Gláucio Paiva Athayde abriu sua primeira unidade da rede Instituto Embelleze em São João de Meriti, no Rio de Janeiro (RJ). Athayde já havia trabalhado na formação profissional voltada para o setor de informática e sempre gostou muito da área. Julgando que esse mercado já estava um pouco saturado, decidiu mudar e passou a pesquisar as opções de negócios. Ao estudar o setor de beleza e verificar o quanto ele era promissor, chegou ao Instituto Embelleze, única franquia especializada em qualificar profissionais para o segmento. “Sempre gostei do sistema de franchising, acho que é um modelo de sucesso, no qual o franqueador entra com o know-how do negócio e com a força da marca e sua visibilidade nacional. Quanto à gestão, é praticamente igual ao de uma empresa independente, só que com uma equipe trabalhando na retaguarda, o que ajuda muito para o futuro do negócio”, diz. Segundo Athayde, o fato de ter uma marca conhecida nacionalmente, o know-how de quem está há anos no mercado, além de mídia na TV e um grupo de franqueados com os quais se pode trocar idéias e boas práticas, sem contar o material didático padronizado, são vantagens importantes. “Escolhi a Embelezze por ela ser a rede mais forte de formação profissional na área da beleza, pelo atendimento que recebi e pela confiança que me foi transmitida”, informa. 0 empresário conta que já teve um negócio independente e, quando abriu sua primeira franquia, passou a ver o valor desse sistema de negócio, tanto que vendeu a empresa própria e manteve o foco e investimentos no franchising. Hoje, Athayde tem mais quatro unidades do Instituto Embelleze: uma em Piabetá, um bairro de Magé, cidade do interior fluminense, outra no centro de Magé e mais duas no Rio de Janeiro (RJ) uma na Ilha do Governador e outra em Madureira. Em sua opinião, quem pretende ter uma franquia como a sua, de formação de mão de obra para salões de beleza, não precisa ter conhecimentos específicos na área. Porém, é importante ter noções de administração e de gerenciamento de pessoas e ter habilidade para liderar e motivar uma equipe de professores.
 
Para conseguir tocar as cinco franquias da Embelleze, ele montou um esquema no qual tem uma equipe própria e fixa em cada unidade, entre 25 a 30 pessoas, e mais uma equipe rotativa, formada por cinco profissionais que o auxiliam na administração de todas as unidades, ficando um determinado tempo em cada uma delas. Esses colaboradores têm a seu cargo atividades nas áreas de gerência administrativa, gerência comercial, TI, manutenção e auditoria. Segundo Athayde, não é difícil recrutar os profissionais necessários às unidades que, após o processo de seleção, passam por treinamento. Uma de suas iniciativas para reduzir a rotatividade é trabalhar com comissão de acordo com os resultados de cada franquia. Além do salário, suas equipes recebem bônus adicionais por bom desempenho e, quando surge uma promoção, os profissionais da casa são sempre priorizados. “As gerentes administrativas que tenho nas cinco unidades, por exemplo, são funcionárias que ganharam promoções”, conta. Assim como atrelar uma melhor remuneração a quem se esforça mais, Athayde também julga importante manter um bom clima no trabalho. “A idéia é que o funcionário acorde e tenha prazer de ir trabalhar”, ensina. “Estou feliz com o meu negócio”, constata o empresário, que assegura ter lucro em todas as cinco unidades. Segundo ele, em cerca de três meses as unidades costumam atingir o ponto de equilíbrio, e o retorno do investimento em torno de R$ 250 mil a R$ 300 mil demora cerca de 18 meses para ser recuperado. Porém, ele reconhece que isso também se deve à experiência do franqueador e a sua própria.
 
Para os interessados em empreender, Gláucio Athayde dá bons conselhos. “Busque um contrato de franquia com cinco anos como período mínimo e que resguarde bem a região onde atuará. Também esteja ciente de que, mesmo a franquia sendo sua, você não poderá fazer tudo o que quer e do jeito que quer. Por isso, eleja uma empresa com a qual você se identifique, pois, no futuro, poderá haver desgastes com o franqueador e, sem essa empáfia, você poderá se desmotivar para continuar a se dedicar ao seu negocio”, ensina. Até o final de 2013, o empresário pretende inaugurar sua sexta unidade, dessa vez em Nova Friburgo (RJ), e entre seus planos está o de atuar no ramo de salões voltados para cabelos étnicos, segmento que estima ser também bastante promissor no País.
 
BELEZA NADA INVASIVA
 
Para atender a um público que acredita que beleza é resultado de boa saúde, foi criada em 1999 a clínica Oligoflora, que investe no conceito In Out, no qual é preciso cuidar do equilíbrio metabólico do corpo de dentro para fora. A rede é a única no sistema de franchising no Brasil que não utiliza nenhum procedimento invasivo (injeções, incisões, medicamentos etc.) para tratar da saúde e da parte estética. Na OligoFlora, a base de todos os tratamentos é a oligotecnologia, uma técnica que procura trazer equilíbrio metabólico ao organismo, por meio da absorção pela pele de pequenas quantidades de oligoelementos (microminerais), que são elementos químicos essenciais para o bom funcionamento do organismo.
 
Nas unidades da OligoFlora, o cliente passa primeiro por uma avaliação, que resulta em um mapa metabólico, o qual determina quais os oligoelementos que estão em falta no organismo. A partir daí, a pessoa recebe a aplicação de cremes especiais ionizados, que são absorvidos pela pele por meio do uso de aparelhos especiais. Criada em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, pela farmacêutica e nutricionista Dra. Cláudia Bonato Torquato e seu marido, o engenheiro Iran Torquato, a clínica ascendeu à rede de franquia em 2007, visando a atender um público a partir da faixa dos 30 anos, com predominância feminina e das classes B e C. Vendo o quanto o segmento de cuidados com a aparência do corpo crescia no Brasil, o casal decidiu expandir os negócios pelo sistema de franchising. Hoje, a rede está presente em 14 estados, tem mais de 50 unidades franqueadas e duas próprias.
 
Aos interessados em aderir à bandeira, Iran Torquato, presidente da OligoFlora, diz que para se tornar um franqueado é preciso ter perfil empreendedor e preencher os requisitos predeterminados no processo de triagem, mas não necessariamente ser da área. “Franquia é transferência de know-how, logo o franqueado é treinado nos nossos conceitos, por isso o fundamental mesmo é se identificar com o ramo, gostar de lidar com pessoas e ter um estilo de vida que valorize a saúde, o bem-estar e o equilíbrio”, explica. 0 casal Ana Carolina Ottoni dos Santose Kleber Alberto dos Santos se identificaram com os valores da rede e abriram recentemente uma unidade em Ribeirão Preto (SP). Carol é fisioterapeuta e trabalhava na OligoFlora de Franca (SP). Confirmando o sucesso do negócio e com o apoio e adesão de seu marido, que se dispôs a vender sua parte em uma loja de sapatos que tinha com o pai, o casal saiu de Franca, onde moravam, e inauguraram a unidade de Ribeirão Preto em novembro de 2012. Investiram cerca de R$ 250 mil, inclusive na compra de equipamentos e reforma do imóvel.
 
Com apenas cinco meses de funcionamento, a unidade de Ribeirão Preto do casal atende uma média de 25 clientes por dia, contando para isso com uma equipe de cinco funcionários. Os preços dos tratamentos são acessíveis, há pacotes promocionais e o pagamento pode ser parcelado. “Estamos nos esforçando para fazer da nossa unidade um sucesso, e para isso contratamos inclusive uma funcionária para cuidar da parte comercial, fazer a divulgação do espaço, parcerias e contatos externos”, relata Kleber, otimista em alcançar a meta de finalizar 2013 com o negócio consolidado.