O franchising faturou mais de R$ 115 bilhões em 2013. Com isso, naturalmente, dado antigos acontecimentos envolvendo outros nichos da economia, muitos empreendedores questionam se o mercado de franquias caminha para a saturação. De forma clara e objetiva, podemos afirmar que não, o franchising não está saturado, e, felizmente, trilha um promissor caminho para os próximos anos.
Estudo recente revela que na Coreia do Sul há uma franquia para cada 20 mil habitantes. No Brasil, até recentemente, este levantamento apontava uma franquia para 94 mil habitantes, o que mostra que este segmento ainda possui espaço significante para crescer, principalmente nas pequenas e médias cidades.
Outro fator que endossa esta percepção é que de acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising, o segmento cresceu pujantes 11,9% em 2013, em relação a 2012, apesar do reduzido crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), que ficou em meros 2,3%. Hoje, o franchising representa 2,4% do PIB e a perspectiva é que este percentual aumente consideravelmente a cada ano.
Apesar das dificuldades em localizar pontos comerciais estratégicos em grandes cidades, hoje, há uma forte movimentação de marcas e, consequentemente, empreendedores migrando para centros menores, como municípios do interior e do litoral. As cidades médias, com população superior a 200 mil habitantes, têm se desenvolvido mais rapidamente que a média nacional, o que endossa esta tendência.
Outro detalhe importante é que nas principais capitais brasileiras estão surgindo diversas opções para quem deseja ingressar no empreendedorismo. Centros de compras mixed-use, que começam a virar tendência, além de bairros tidos apenas como residenciais e regiões periféricas, que há pouco tempo não tinham muitas franquias, presenciaram a proliferação de diversas marcas de alimentação, consumo, higiene e serviços nos últimos anos.
O setor de serviços, inclusive, se mostra cada ano mais consolidado e forte no universo do franchising. Além de transferir know-how ao empreendedor, esta modalidade não necessita de ponto comercial em shopping centers ou ruas de grande circulação. Com isso, naturalmente, o negócio se torna menos custoso. Por outro lado, diferente de franquias varejistas, muitas vezes não há um produto tangível para ser exposto aos consumidores. Sendo assim, é vital que o empreendedor tenha ótimo relacionamento com os clientes e seja proativo.
Em qualquer mercado, crises econômicas sempre existirão. Como o empreendedor age em cenários de incertezas é o que diferencia o sucesso e o fracasso do negócio, franquias ou não. Enxergar oportunidades, ter planejamento e acreditar em seu potencial pode fazer a diferença para a empresa ter um futuro promissor.
* Batista Gigliotti é presidente da Fran Systems, estratégia e desenvolvimento de negócios.
www.fransystem.com.br
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