Pulo do Empreendedor

Pulo do Empreendedor

Clique aqui e acesse todo o conteúdo desta edição.

20 ANOS DE INFORMÁTICA

Easycomp: duas décadas de história com o lançamento de novos modelos de expansão

Com 17 franquias em operação, a rede Easycomp prevê alcançar 200 unidades franqueadas nos próximos cinco anos. “Posso dizer que a marca faz hoje o último ano da faculdade de franquia, para entrar no mercado efetivamente em 2014, de forma agressiva”, afirma o diretor-executivo da Easycomp, Jaques Grinberg Costa.

Para alcançar esse objetivo, a estratégia foi lançada na sétima edição da Rio Franchising Business, feira promovida pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), no Rio de Janeiro, em setembro. “Lançamos três formatos de franquia, com investimento a partir de R$ 50 mil”. Os formatos variam conforme o porte da cidade, podendo ser pequenas, médias e grandes. Municípios com até 15 mil habitantes já são elegíveis.

Hoje estruturada e com planos ambiciosos de expansão, a Easycomp surgiu, há mais de duas décadas, de uma ideia ousada de um profissional da educação que via futuro em algo ainda incipiente. “Os sócios não tinham conhecimento comercial, nem eram empresários. São professores e queriam mudar o mundo através do ensino”, disse Costa.

No início dos anos 90 pouca gente ouvia falar de computadores pessoais e muitos apostavam que isso nem ia pegar. Como seria possível, se nem o telefone era universal ainda? A datilografia reinava e era eficiente com seus botões pesados, fitas de tinta preta e vermelha e o clássico barulho que anunciava a quebra da linha.

No ano em que o Muro de Berlim vinha abaixo, 1989, o professor Fernando Costa ministrava um curso pré-vestibular em Guaratinguetá (SP) e teve um estalo: implementar um curso de informática. Ninguém fazia isso ainda. “Foi uma inovação à época, muitos alunos aderiram, era uma novidade”, afirma Grinberg Costa. Em 1991 foi aberta a primeira filial da escola, que já via uma procura mais expressiva pelos cursos de informática do que pelos preparatórios para vestibular.

Para compensar o alto investimento, dois alunos usavam a mesma máquina para aprender. Mas isso, na visão de Costa e de seu sócio Iaroslau Sessak Junior, era uma regressão. “Na datilografia era um aluno por máquina, não tinha professor, nem lousa, era 100% prática. Por que com a informática estava regredindo?”, comenta Grinberg Costa. Para sanar essa frustração, os sócios criaram um software (ainda no longínquo 1991) para aprendizado individualizado. “Logo que ficou pronto, alguns amigos nas cidades vizinhas pediram para colocar em empresas. Em menos de dois anos vinte empresas já usavam com sucesso”. Com isso, em 1993, nascia a Easycomp, já como uma franqueadora.

Depois de vender 42 unidades nas cidades ao redor do Vale do Paraíba, a marca chegou a São Paulo, em 1995.

No entanto, os sócios perceberam que não tinham expertise suficiente para gerir a operação de franquias. Precisariam de capacitação para que o modelo vingasse como gostariam. Costa e Sessak buscaram, então, inspiração no modelo norte-americano de licenciamento e converteram as unidades existentes para esse módulo de expansão. Era o fim do franchising para a Easycomp na década de 90.

MUDANÇA DE RUMO

Grinberg Costa, hoje diretor-executivo da marca, é filho do sócio-fundador e teve sua primeira unidade licenciada aos 16 anos, em Aparecida (SP). “Mudei para São Paulo, vendi essa unidade e montei a de Osasco. Começou a crescer e três anos depois os sócios me chamaram para trabalhar na própria Easycomp”. Em 2003, dez anos após a fundação, a marca tinha 436 unidades licenciadas. Com a montagem e a estruturação do departamento comercial, esse número saltou para mil unidades em apenas quatro anos.

Em 2008, com o licenciamento consolidado, e o interesse de muitas marcas franqueadoras em adquirir a Easycomp, chegou o momento de repensar a franquia. Mas Grinberg tinha em mente que precisava criar um modelo realmente bem estruturado para isso. “As pessoas investem toda a reserva que têm acreditando no sucesso da sua marca. Investem a rescisão ou a aposentadoria e isso pode desestruturar uma família inteira. Não queria viver da taxa de franquia. Tinha que levar a sério”.

Para isso, a decisão do executivo não foi contatar uma consultoria especializada e sim formatar o modelo com as próprias mãos. Grinberg Costa queria entender como funcionava o sistema desde a raiz e não receber a receita pronta. Para isso, matriculou-se no MBA de Gestão de Franquias, oferecido pela ABF em parceria com o Provar/FIA, e aprendeu o que deveria ser feito. “Em 2009, junto com a equipe, formatei a escola e o processo levou dois anos”. Quando a procura de investidores começou a ser crescente, o executivo buscou o auxílio da consultoria Novoa Prado para “reformatar e refazer os manuais na visão de quem está de fora”.

O objetivo não era migrar os licenciados para franquias e sim operar nos dois modelos, mas a procura para essa conversão era espontânea e constante. No entanto, o executivo comenta que nem todos os licenciados têm perfil para operar uma franquia e estudos internos apontam 35% de elegíveis dentro do escopo que possui (cerca de 1,1 mil unidades).

Publicado em 17/10/2013

Veja alguns artigos interessantes do Portal do Franchising, clique e te levaremos para lá: