Pulo do Empreendedor

Pulo do Empreendedor

Clique aqui e acesse todo o conteúdo desta edição.

Franquias KumonCada franqueado só pode ter uma unidade e mesmo assim o Kumon está entre as dez maiores marcas brasileiras em número de franquias
Existem poucas coisas em comum entre o Brasil e o Japão. Enquanto o país asiático se prepara para dormir, estamos perto de acordar. A taça que celebra o Réveillon é erguida primeiro na terra do sol nascente. E as características populacionais e econômicas só não são mais distantes do que a geografia que separa as duas nações. No ranking do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), de 2012 (o ranking é divulgado a cada três anos), o Japão está em terceiro lugar na compreensão de matemática, leitura e ciências, enquanto o Brasil está em 58º. A lista avalia 64 países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Olhando por esse prisma, existem ainda menos aspectos em comum entre o Brasil e o Japão, mas uma das únicas franquias de educação entre as dez maiores no Brasil, com 1.565 unidades, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), é japonesa. O Kumon opera no País desde 1977, a primeira franquia foi inaugurada em Londrina (PR) e com a regulamentação da Lei de Franquias (Lei nº 8955/94), a marca se enquadrou nas normativas e segue até hoje.
Um diferencial que torna a expansão do método Kumon ainda mais singular é que cada franqueado, ou orientador, como a marca costuma chamar, só pode ter uma unidade. “O nosso franqueado é responsável direto pelo atendimento dos alunos, emite diagnósticos, escuta a família e expectativas em relação ao método”, explica a gerente do departamento de recrutamento e desenvolvimento da Kumon, Julia Yurika Shiroiwa.
Julia explica que algumas franqueadas operam com duas franquias e não dão conta, por essa razão a determinação de uma unidade por orientador. “Quando autorizamos a segunda franquia, vimos que dividir a atenção não promove o crescimento das duas. Pela experiência definimos que seria melhor se dedicar a uma unidade. Em outras redes o franqueado entra como investidor, não cuida diretamente do negócio, mas para nós é primordial”.
A operação brasileira é a terceira mais representativa entre os 47 países em que o Kumon atua, apenas atrás do próprio Japão e dos Estados Unidos. Atualmente o método atinge mais de quatro milhões de alunos em todo o mundo, mas Julia não revela a quantidade de estudantes impactados no Brasil. “Nós temos atualmente predominância em ensino fundamental e pré-escolar. A concentração maior é de alunos de quinto e sexto ano, das classes A e B. Isso não impede que tenhamos fatias das classes C e D, também”.
Oportunidades
O baixo índice de educação no Brasil é considerado o calcanhar de Aquiles do governo, mas é visto como uma oportunidade de expansão para o Kumon. Julia acredita que, após o crescimento econômico, a preocupação do brasileiro é com a educação e o desenvolvimento educacional dos filhos. “Os pais se preocupam em oferecer uma melhor educação para os filhos. Sempre vai ter uma demanda e uma necessidade. Qualquer país vai querer desenvolver suas crianças”.
Se o Brasil oferece público abundante, ainda não tem o mesmo desempenho na questão logística. O modelo de gestão do Kumon exige que as franquias sejam acompanhadas constantemente pelos escritórios regionais. Atualmente existem 16 em todo o País, mas que não chegam aos rincões do Brasil. “Como é um método muito específico e nós precisamos garantir a qualidade de atendimento e de utilização dos materiais, temos um grande desafio de como oferecer esse suporte a todos os franqueados”. Esse problema não existe no Japão, por exemplo, em que a área territorial é bem menor. Cada vez menos semelhanças.
Expansão
A meta de expansão para 2014, inclusive, não é focada na quantidade de novas unidades e sim em novos métodos para suporte. As franquias novas são as que mais precisam de apoio e por isso serão priorizadas as cidades com fácil acesso aos escritórios regionais. “Os escritórios têm uma coordenação que visita cada unidade. No início da operação, essas visitas são mais constantes. Temos treinamentos e reuniões mensais para os franqueados”.

Julia comenta que 95% dos franqueados do Kumon são mulheres e a formação pedagógica não é critério, mas a identificação com a área educacional conta muitos pontos a favor. “Nós trabalhamos com educação, independentemente se o método foi criado no Japão. A preocupação sempre foi oferecer a melhor orientação para os alunos e o ponto forte é que todas as pessoas estão envolvidas com isso”.

Franquias Kumon

Publicado em 02/04/2014
Veja alguns artigos interessantes do Portal do Franchising, clique e te levaremos para lá: