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Os novos caminhos da economia e da sociedade

Os novos caminhos da economia e da sociedade
Raj Sisodia e o "capitalismo consciente: “O Brasil e a América do Sul abraçaram este conceito. Está na hora de elevarmos a consciência do capitalismo”

Três mestres em suas áreas, os conferencistas internacionais Alain Sylvain, Marc Vidal e Raj Sisodia falaram sobre esses novos caminhos.

A manhã de sábado (28/10) da ABF Con 2023 trouxe uma oportunidade ímpar: palestras de três renomados speakers internacionais, apontando os novos caminhos dos negócios e do comportamento.

Novos caminhos
Alain Sylvain e o timing: “O tempo é tudo para nós. Somos criaturas do tempo”

O primeiro a falar foi Alain Sylvain, CEO e fundador da consultoria de design Sylvain, que discorreu sobre como a criatividade não resolve todos os problemas. Atualmente, um fator fundamental é também a questão do timing. Segundo ele, 42% do sucesso de uma startup se deve ao timing de seus produtos e soluções, e 28% pela ideia.

“O tempo é tudo para nós. Somos criaturas do tempo”, frisou Sylvain. O executivo afirmou que três fatores se encontram para um bom timing: o clima cultural, o apetite (ou desejo) individual e os precedentes de inovação.

Novos caminhos
Marc Vidal e a tecnologia: ““A tecnologia não é uma agressão (…). Veja os casos da Coréia do Sul e Alemanha, países muito automatizados, mas que acabam gerando mais empregos. Automação gera eficiência, eficiência gera produtividade e produtividade gera empregos”

Já o analista econômico e divulgador tecnológico Marc Vidal enfocou a importância da transformação contínua, em um ambiente de tantas mudanças sociais e tecnológicas. “Se mudarmos, não temos certeza de que vamos ter sucesso, mas, se ficarmos parados, certamente vamos perder”, disse.

Para Vidal, a tecnologia, além de trazer a possibilidade de fazer coisas com mais eficiência, permite realizar testes com custos muito baixos. “A tecnologia não é uma agressão (…). Veja os casos da Coréia do Sul e Alemanha, países muito automatizados, mas que acabam gerando mais empregos. Automação gera eficiência, eficiência gera produtividade e produtividade gera empregos”, explicou.

Para se transformar, os profissionais (e as empresas) têm que desenvolver três capacidades: desaprender o que sabe, pensamento crítico e saber fazer perguntas. “A tecnologia é o como, o ser humano é o porquê”.

Franchising consciente
Encerrando com chave de ouro a programação, houve a palestra de Raj Sisodia, palestrante internacional e autor premiado, cujo livro mais conhecido é o Capitalismo Consciente, movimento de mesmo nome que lidera junto a outros executivos.

“O Brasil e a América do Sul abraçaram este conceito. Está na hora de elevarmos a consciência do capitalismo”, afirmou Sisodia. Ele explica que o capitalismo gerou riqueza, mas estamos em um momento agora em que as desigualdades e conflitos emergem.

Segundo o autor, nos últimos anos, houve uma queda de confiança em relação às empresas, muito associada ao fato de elas terem perdido o foco em cuidar de seus clientes, colaboradores e da sociedade.

“Os negócios não são apenas para maximizar lucros, a qualquer custo. Tudo está conectado e quando um dos elos é afetado o sistema é enfraquecido (…) Os negócios devem ser sobre cuidar e resolver problemas”, defendeu.

Para ele, o propósito de um negócio é produzir soluções lucrativas para resolver problemas das pessoas e do planeta.

Sisodia também deu sua rota para um franchising consciente, que é baseado em oito abordagens principais: Processos de decisão éticos, Transparência, Empoderamento, Sustentabilidade, Bem-estar holístico, Divisão justa de lucros, Liderança e suporte contínuos, e Visão de longo prazo.

“No franchising, chamamos pessoas para que se engajem. Traz energia empreendedora para seu negócio. Os franqueados são super stakeholders”, concluiu Sisodia.

Fotos: Keiny Andrade e Marcelo Justo