Biologia sintética, turismo espacial e dispositivos capazes de mapear toda a fisiologia do indivíduo podem parecer acontecimentos impossíveis para o futuro próximo, mas esses grandes avanços tecnológicos estão mais perto do que parece. “As transformações mais importantes estão sendo desenvolvidas diante de nossos olhos e nem percebemos. Quanto mais o tempo passa, mais crucial se torna. Muitas vezes demoramos centenas de anos para perceber as mudanças”, conta o professor israelense David Passig, PHD em Estudos Futuros.
O professor fez um panorama sobre algumas das principais mudanças que estão acontecendo neste século e de que forma isso impactará nas nossas vidas e também na economia e nos negócios: “O pensamento futuro serve para entender o presente da melhor forma e, consequentemente, o passado”. Para ele, essa compreensão e a adesão a novas tecnologias contribui para a melhoria do negócio: “Imagina essa Convenção, um dia, em um hotel espacial? É possível”.
Um pensador citado por Passig é Raymond Kurzweil, primeiro estudioso a introduzir uma fórmula que define o ritmo das mudanças ao longo do tempo: “São duas coisas. A primeira está entre os desenvolvimentos científicos e tecnológicos importantes. Ele mede como o tempo encolhe entre dois pontos de desenvolvimento. A segunda, é que cada ponto na verdade representa uma curva exponencial que vai de um a outro. Dessa maneira, ele consegue fazer previsões fantásticas sobre tecnologias futuras”, conclui.
Outro dado importante é a rápida mudança demográfica que acontece no mundo todo: “Estamos envelhecendo e teremos poucos jovens no decorrer do século. Triplicamos a expectativa de vida do ser humano em apenas 30 anos. Estou falando de fatos e não de tendências. Como iremos lidar com essa nova configuração populacional?”, questiona.
Com as novas descobertas, também teremos equipamentos capazes de processar dados de toda a humanidade, isso com apenas alguns milhares de dólares: “O que seremos capazes de produzir com isso? Com certeza, não serão apenas redes sociais”, conclui.
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Foto: Keiny Andrade
