Início Notícias Franquia Social: o novo movimento do franchising

Franquia Social: o novo movimento do franchising

Franquia Social: o novo movimento do franchising
Edu Lyra: “Vim aqui dizer pra você não desistir. Está em dúvida se compra ou não aquelas unidades? Compre. Está em dúvida se contrata novos funcionários? Contrate. Tenha fé”

“A crise está no governo, na economia, mas não pode estar na nossa alma. A força do espírito humano, sobretudo do brasileiro, é maior do que qualquer obstáculo”. Foi neste tom motivacional que Edu Lyra começou o segundo dia de plenárias na Convenção ABF 2018.

De origem pobre, Edu contou sua história aos presentes e ressaltou a importância da motivação de sua mãe ao longo da vida: “Minha mãe dizia, não importa de onde você vem e sim para onde quer ir. Você pode tudo”. O empreendedor social faz questão de exaltar o papel de sua mãe na sua vida: “Meu pai passou toda a minha infância atrás das grades, sem minha mãe eu não seria nada. É por isso que hoje respeito tanto as mulheres”, conta.

Edu é criador da Gerando Falcões, organização social que atua como rede em periferias e favelas com projetos focados em esporte, cultura e qualificação profissional para crianças, jovens e adultos. Em 2013, em um momento muito difícil para a ONG, Edu conheceu o economista Jorge Paulo Lemman. Deste encontro, novos investidores surgiram, tais como Carlos Wizard Martins, Daniel Castanho e Flávio Augusto. Foi então que a ONG cresceu e Edu a transformou em uma franquia social. Hoje, o instituto conta com três unidades, que atendem dez comunidades em São Paulo.

O empreendedor diz que é nestes momentos de crise que é necessário acreditar ainda mais nos projetos: “Liderança não é sobre lamentar porque não bateu a meta, e sim engajar a rede, os funcionários e levantar a cabeça e dizer: como eu gosto de fazer isso”. A crença em alcançar o sonho de ajudar milhares de crianças fez com que Edu persistisse em seu sonho: “Vim aqui dizer pra você não desistir. Está em dúvida se compra ou não aquelas unidades? Compre. Está em dúvida se contrata novos funcionários? Contrate. Tenha fé”.

Edu viajou recentemente à Londres e conheceu o funcionamento do terceiro setor na cidade e no País: “É muito diferente do que fazemos aqui no Brasil. A minha expectativa é que os líderes sociais das favelas não fiquem apenas buscando doações e investimentos, mas que criem novos negócios, para daí conseguir dinheiro para as ações sociais. Temos muito para aprender”.

No final, Edu disse que se fosse pedir algo ao franchising, não seria doações e sim empregos: “Tenho muitos falcões prontos e preparados para trabalhar. Se vocês precisam de pessoal, eu tenho pessoas para as vagas”, completou.

Foto: Keiny Andrade