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Aposta na produtividade e no tíquete médio

Brasil Econômico – Redação – 01/12

O setor de franquias espera fechar este ano com crescimento de cerca de 6%, chegando em torno de R$ 137 bilhões de faturamento

O setor de franquias sentiu o impacto da economia no varejo e já prevê um novo posicionamento das marcas para o próximo ano. O desafio agora é aumentar a produtividade e o tíquete médio, melhorar as campanhas publicitárias, reduzir custos e pelo menos manter o lucro com o mesmo número de unidades. Além da necessidade de trabalhar mais na própria base instalada, o foco para 2015 é qualificação, identificação do franqueado com a marca e fidelização do cliente. Os ramos de franquia mais promissores permanecem os de alimentação, beleza, turismo e idiomas.

“Estamos analisando os números da economia. Há uma mudança no quadro e, nessa situação, o franchising acompanha o mercado. Mas, como somos um setor bem visto pela sociedade e empresários, temos o papel de motivadores. O pé no freio é positivo para o amadurecimento. Vamos manter a visão à frente para encarar o próximo ano “, aposta o presidente da Associação Brasileira de Franchising seção Rio de Janeiro (ABF Rio), Beto Filho.

Mesmo com o momento difícil na economia, o setor de franquias espera fechar este ano com crescimento em torno de 6%, chegando a cerca de R$ 137 bilhões de faturamento. “Quando os números da economia estão muito bons, tudo é festa. Eles não são tão negativos agora e representam uma boa oportunidade para soluções criativas, basta ter mais cuidado”, afirma, ressaltando que o setor é moderno, tem empresários competentes, fundos de investimentos envolvidos e grandes compradores.

O momento também é diferente de tempos atrás, quando muitos empresários que se aventuravam em novos negócios acabavam desistindo em um ano. Atualmente, de cada dez franquias abertas, apenas uma fecha no primeiro ano de atividade. “É cada vez mais difícil errar o ponto ou o perfil do franqueado” , avalia o executivo.

O setor mais promissor p ara enfrentar esse momento que ainda é bom, mas pode melhorar, é o de alimentação. Desde que as redes se preocupem em aumentar o tíquete médio e a visibilidade da marca, Beto Filho crê que o ramo de refeições ainda vai ter bons resultados. São boas opções as redes de fast-food, seguidas por glamour e beleza e aí se incluem também as redes de perfumaria e manicure. O turismo também se destaca, com o aumento do número de viagens dos brasileiros, e as redes de idioma, já que hoje é fundamental falar uma segunda língua.

Para Angelina Stockler, sócia fundadora da consultoria ba}Stockler, mais importante que escolher um ramo de franquia é se identificar com a operação da rede. Ela ressalta que há tendências interessantes em vários ramos de franquia, como a alimentação saudável, por exemplo, à qual até as redes de fast-food estão se adequando. Mas acrescenta que nada disso adianta se o empresário não se identificar com a operação da marca.

“Temos muito cuidado com identificações erradas por parte do interessado em adquirir uma franquia. Não basta gostar do produto, é preciso ver o dia a dia, como é de fato trabalhar naquele ramo. Principalmente em anos difíceis, a dedicação tem que ser grande. É preciso trabalhar mais para ganhar a mesma coisa”, avalia.