Cristina Franco, presidente da ABF, e Luiz Veiga, presidente da ABRASCE, (ambos no centro da mesa) falam aos jornalistas durante a coletivaPesquisa encomendada pelas associações traz dados exclusivos sobre o varejo e apresenta os perfis das lojas nos grandes centros de compras de todo o país
18/11/2014
A ABF – Associação Brasileira de Franchising e a ABRASCE – Associação Brasileira de Shopping Centers divulgaram nesta terça-feira (18) em coletiva de imprensa os dados exclusivos de um estudo inédito feito em conjunto entre as duas entidades representativas dos setores de franquias e shopping centers no País. O levantamento foi encomendado pelas associações com o objetivo de mapear as lojas presentes nos grandes centros de compras do Brasil, permitindo identificar a participação dessas indústrias no varejo nacional.
A pesquisa aponta uma forte presença de franquias nos empreendimentos espalhados pelo país. Do total de lojas pesquisadas, 34,5% são franquias. No setor de alimentação, 57% dos pontos de venda pertencem a marcas de franquia, o que coloca o segmento em posição de destaque no mercado de franchising nos shoppings. Outros setores relevantes são: brinquedos (40,3%); calçados e acessórios (37%) e casa e construção (29,6%). As franquias de serviços têm uma penetração de 43,5% nos empreendimentos estudados, o que confirma a vocação desses centros para oferecer comodidade aos usuários enquanto fazem suas compras ou se divertem.
Para a presidente da ABF, Cristina Franco, “o estudo exemplifica o foco estratégico e a seriedade de ambas as entidades em apresentar ao mercado uma radiografia dessas indústrias que têm grande importância para a economia brasileira, com dados estatísticos indispensáveis para gestores, empreendedores, bem como para a sociedade em geral”. Ainda segundo Cristina, o trabalho conjunto entre ABF e ABRASCE reforça os laços da parceria que une as instituições, assegurando a continuidade deste estudo com frequência anual.
“Toda conveniência, segurança e conforto oferecidos pelos shopping centers atraem não apenas os frequentadores, mas inúmeros franqueados interessados em investir nos centros de compras. O segmento de alimentação tem contribuído muito com o crescimento do setor em geral e a pesquisa nos mostra a sua representatividade também no mercado de franchising”, afirma Luiz Fernando Veiga, presidente da ABRASCE.
Ainda de acordo com o levantamento, foram identificadas mais de 18.400 marcas operando nos diferentes shoppings do Brasil. Deste total, quase 1.000 são marcas de franquia, com destaque aos segmentos de vestuário, serviços e alimentação. Apesar de estar à frente das demais regiões pela quantidade de lojas, o Sudeste ocupa a segunda posição em relação ao número de franquias nos centros de compras, respondendo por 36%. Atualmente, a região Norte possui a maior proporção de lojas franqueadas, com 38%. Em terceiro lugar aparece a região Centro-Oeste, com 34%.
O segmento de alimentação lidera o ranking de franquias em malls em praticamente todas as regiões. Do total de lojas deste segmento, na região Norte, 67% pertencem a marcas franqueadas, seguida pelas regiões Sudeste e Centro-oeste, com 61% e 55%, respectivamente. Brinquedos; mercados e empórios; casa e construção; produtos de saúde, beleza e esportes também estão entre os segmentos que ultrapassam 40% em número de franquias nas diferentes regiões do Brasil.
O estudo destaca ainda as 15 cidades mais representativas para o mercado de franchising em shopping centers do Brasil, que concentram 48% do número de malls e 54% do total de lojas. São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Goiânia (GO) Campinas (SP), Manaus (AM), Sorocaba (SP), Recife (PE), Santo André (SP) e Natal (RN) contam com mais de 25% de lojas franqueadas em seus empreendimentos. Neste cenário, Sorocaba, Campinas e Santo André aparecem em destaque, com 44%, 41% e 40% no número de franquias, respectivamente; São Paulo e Recife aparecem na sequência, com 38%.
Este trabalho é o primeiro realizado conjuntamente entre as duas entidades e deverá acontecer anualmente. Com isso, ambas monitorarão com mais frequência esses movimentos, sobretudo em função dos dois setores apontarem crescimento para o interior do país.