Cristina Franco ao lado de Manoel Dias, ministro do Trabalho e Emprego, e representantes do varejo nacionalSetor representa 22% do PIB brasileiro e emprega um em cada cinco trabalhadores no Brasil. Após reunião, Ministério e participantes vão formar um grupo de trabalho para discutir sugestões
O varejo brasileiro, representado por líderes das principais entidades do setor, encontraram-se ontem (7/5) com o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, para discutir temas de interesse comum deste importante segmento da economia.
Na pauta da audiência, além da entrega formal de um estudo inédito que radiografa o setor em números e análises, foram levados mais seis assuntos: simplificação das relações com as instâncias governamentais, maior aproximação do setor com o governo, alternativas para manutenção do emprego, análise das condições de crédito das empresas de varejo, propostas para economia de energia e água, e intensificação da formalização das empresas de varejo.
Estes pontos já haviam sido discutidos em audiências anteriores com o vice-presidente da República, Michel Temer, e o ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos. Na audiência com o ministro do Trabalho e Emprego, foram discutidas especialmente as alternativas para manutenção dos empregos na cadeia varejista.
No atual cenário econômico, o grupo tem uma clara preocupação com a manutenção dos empregos no varejo brasileiro, que responde por 19% do total de mão de obra empregada no Brasil. Foram discutidos, ainda, novos modelos de contrato de trabalho e outras alternativas de contratação que possam viabilizar a manutenção dos empregos e evitar demissões.
O ministro Manoel Dias mostrou-se aberto ao tema e propôs a formação de um grupo de trabalho para discutir estes e outros pleitos apresentados por demais representantes do varejo. Para Cristina Franco, presidente da ABF e uma das presentes ao encontro, “a formação de um grupo amplo e representativo do varejo é muito importante para a economia como um todo. Neste momento de fragilidade, há muito o que podemos fazer em conjunto para o bem de toda a cadeia. A reunião com o ministro do Trabalho e Emprego foi mais um passo fundamental neste sentido uma vez que mudanças, por vezes, até simples, podem facilitar a manutenção dos empregos, reabrindo assim o espaço para o crescimento no médio e longo prazos”.
O estudo apresentado mostra, entre outras estatísticas, que o varejo nacional emprega um em cada cinco trabalhadores no Brasil, o que representa mais de 19 milhões de brasileiros, além de representar 22% do PIB nacional. Em 2014, por exemplo, pelos dados do CAGED, o varejo foi responsável pela geração de 23% dos empregos no País. O consumo das famílias é a principal referência do volume que o varejo como um todo movimenta no Brasil. Este montante representa um impacto do varejo em 55,71% do PIB, tendo como base os números de 2013, o que demonstra o papel fundamental do setor para a manutenção da renda e emprego.
O grupo é composto pelas seguintes entidades: Associação Brasileira de Franchising (ABF), Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Associação Nacional de Restaurantes (ANR), Associação Brasileira de Shopping Centers (ABRASCE), Associação de Lojistas de Shoppings (ALSHOP), Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (ABRAFARMA), Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (ANAMACO), Associação Paulista de Supermercados (APAS), Associação Brasileira de Atacados de Autosserviço (ABAAS), Associação Brasileira de Relações Empresa Cliente (ABRAREC), Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP).