Folha de S.Paulo online – Coluna Caro Dinheiro – Samy Dana – 11/06
O setor de franchising sentiu os efeitos da desaceleração econômica em 2013, quando cresceu 11,9% em relação a 2012, e continua sentindo o arrefecimento do baixo crescimento do país este ano. Segundo previsão da ABF (Associação Brasileira de Franchising), o segmento deve registrar expansão de 10% este ano, ante 2014.
Para Ricardo Camargo, diretor-executivo da ABF, o crescimento de dois dígitos é um bom resultado levando em consideração o desempenho da economia brasileira. “A queda de renda da população e a inflação próxima da meta têm trazido desânimo aos empresários e prejudicado o varejo”, explica.
Os setores que mais têm sentido o arrefecimento, segundo o executivo, são os de acessórios pessoais e roupas porque são os que mais perdem vendas em momento de crise. Na contramão, os de alimentação, educação e turismo têm superado a crise e registrado crescimento.
“O segmento de alimentação é o que está lidando melhor com a fase [de desaceleração econômica]. Para isso, algumas franquias estão aumentando a produtividade, cortando custos e até reduzindo a margem de lucro”, detalha Camargo.
A trajetória de crescimento do franchising, que sempre acompanhou a do PIB brasileiro, pela primeira vez seguiu rumos contrários em 2013. Ou seja, enquanto o PIB brasileiro teve modesto crescimento no ano passado, o segmento de franquias desacelerou.