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Quem quer franquia?

Jornal do Commercio – Wanilson Oliveira – 30/09
 
Encerrada sábado, no Riocentro, a 7a edição da Rio Franchising Business recebeu um público estimado em 26 mil pessoas interessadas em abrir seu próprio negócio. Com 250 expositores, 12% a mais em relação ao evento do ano passado, a feira deve movimentar, de acordo com a seccional fluminense da Associação Brasileira de Franchising (ABF-Rio), organizadora do encontro, R$ 180 milhões.
 
Em franco crescimento há pelo menos uma década no País, o setor de franquias faturou R$ 103 bilhões em 2012, alta de 19,4% frente ao ano anterior, chegando a um total de 2.426 redes, números superados apenas pelos mercados norte-americano e chinês. Para 2013, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), a receita líquida do segmento deve subir 14% frente a 2012, enquanto o total de redes e de unidades em operação se expandirá 10%, o que proporcionará um avanço de 11% na geração empregos.
 
No Rio, em especial, as perspectivas são muito boas, avalia o presidente da ABF-Rio, Beto Filho. “O Rio está passando por transformações. Novos shoppings centers e prédios empresariais estão sendo construídos, o que abre espaço para a geração de negócios”, diz o executivo, destacando também as obras na Zona Portuário da capital fluminense. “Esses novos espaços permitirão o crescimento do mercado carioca.”
 
Filho ressalta que o Rio continua como segundo mercado no País, atrás apenas de São Paulo no número de franquias. “Se formos comparar as populações do Rio e de São Paulo, podemos até dizer que os dois estados estão tecnicamente empatados, pois temos um território menor”, destaca. Para ele, a realização da Copa do Mundo e da Olimpíada no estado possibilitará maior visitação de turistas, mesmo antes do início das competições. “Quem decidir investir agora terá tempo exato para que o negócio esteja maduro para os grandes eventos. O franchising continuará sua escalada de crescimento por, no mínimo, mais 10 anos”, avalia.
 
Expansão
 
De olho no bom momento do mercado fluminense, a rede de alimentação Giraffas, que tem 42 lojas no estado, quer inaugurar cinco restaurantes em shoppings e 15 unidades de rua, além de 20 quiosques de sobremesas em 2014, em um investimento de aproximadamente R$ 40 milhões. De acordo com a gerente de expansão do grupo, Ana Cristina Centro e, bairros como Taquara, na Zona Oeste, e Méier, na Zona Norte, além de Ipanema e Copacabana, na Zona Sul, estão no alvo do plano de expansão.
 
Ana Cristina acrescenta que todas as lojas da rede estão passando por reformas e, aos poucos, receberão um novo sistema automatizado de atendimento. “Teremos ainda novas áreas destinadas às crianças e máquinas de refrigerantes no sistema de refil”, diz a executiva, que aposta no estilo de vida dos cariocas para chegar a meta de aberturas para o ano que vem. “Temos excelente aceitação no Rio. A ideia é inovar na forma de atendimento e aumentar o número de restaurantes fora de shoppings, já que o carioca é acostumando a caminhar e passar boa parte do tempo na rua, para reforçar a marca no mercado”, ressalta.
 
De carona na ascensão da classe C, a Koni Store, especializada em fast food japonês, abrirá seis unidades no Rio de Janeiro até o final de 2013, gerando 72 postos de trabalho. Para o ano que vem, de acordo com sócio-fundador da rede, Michei lager, o objetivo é abrir mais 20 lojas no Rio, com a criação de 240 empregos. “Diferentemente de São Paulo, que já está com o mercado de fast food de comida oriental um pouco saturado, o Rio ganha cada vez mais consumidores, assim como Brasília”, afirma o executivo, acrescentando que o grupo tem 60 lojas em todo o País, sendo 35 no mercado fluminense.
 
Para Jager, o aumento da renda da classe C abriu um novo mercado consumidor para as redes que investem em comida oriental. “Oferecemos um bom produto com preço justo e todos podem consumir. Notamos que a classe C entrou definitivamente em nosso público-alvo. Queremos ampliar nossa rede e chegar a todos”, ressalta o empresário, destacando que está adotando um novo conceito no atendimento, chamado padrão express, em que o cliente faz o pedido no caixa, acompanha a preparação das peças e, em poucos minutos, recebe sua refeição.
 
Especializada em revestimentos cerâmicos, a Portobe11o Shop é uma das redes com plano de expansão mais ousado para o mercado fluminense. De acordo com o diretor de varejo e franquias do grupo, Juarez Leão, a meta é abrir 30 lojas no estado até o fim de 2014, além de chegar a 250 unidades em cinco anos em todo o País. “Nosso estudo de mercado levou em consideração não só a população, mas o potencial de consumo, crescimento nos últimos anos e o número de obras licenciadas por mês. Isso nos permitiu finalizar e dar continuidade ao processo de expansão”, revela o executivo, acrescentando que já existem contratos fechados em Angra dos Reis, Campos dos Goytacazes, Macaé, Niterói, Nova Friburgo, Petrópolis e São Gonçalo.
 
Entre as novidades, a rede está com um projeto chamado Radar do Varejo, sistema online de geolocalização de obras que permite a busca ativa por novos clientes. Para Leão, a pesquisa por negócios fora da loja possibilitará o aumento nas vendas.
 
Atualmente, 50 lojas estão operando o sistema e, de acordo com o executivo, mais de 6 mil obras foram localizadas e já avaliadas. A Portobe11o lançou também novas ferramentas de gestão e marketing, o que possibilitará que os franqueados vendam mais e, consequentemente, possam abrir novas unidades.