Correio Braziliense – Redação – 08/03
O fortalecimento das exportações das micro e pequenas empresas no Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer. Mesmo habituados a enfrentar a burocracia e as dificuldades para conseguir financiamento, os empreendedores que decidem vender para fora precisam se preparar para evitar prejuízos.
Segundo a diretora técnica do Sebrae, Heloísa Menezes, os micros e pequenos empresários que querem se aventurar no mercado internacional devem se organizar e seguir alguns passos. “Exportar não é uma aventura, requer conhecimento de questões culturais, religiosas, tarifárias e fitossanitárias do país importador. Nem todos estão preparados”, diz.
Para os realmente interessados, ela dá um conselho: “Primeiramente, expanda o negócio internamente, depois procure mercados menos exigentes, como o africano e o da América Latina. Iniciativas coletivas, como cooperativas, consórcios e associações, podem potencializar o negócio”, diz.
O diretor executivo da Associação Brasileira de Franquias (ABF), Ricardo Camargo, chama a atenção para outro problema enfrentado pelos pequenos exportadores: os altos custos e a taxação dos aeroportos e as dificuldades de logística. “Boa parte do processo de exportação é feito pelas próprias empresas, com muito esforço. As muito pequenas só conseguem com a ajuda de parceiros”, comentou.