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Máquinas para driblar falta de mão de obra

Jornal O Globo – Rio de Janeiro – Glauce Cavalcanti – 07/06
 
Lojas do Bobs terão totens eletrônicos para autoatendimento, seguindo tendência global em redes de fast-food
 
Comida rápida, atendimento também. É o que o Bob’s pretende garantir aos clientes ao instalar terminais de autoatendimento em suas lojas. Os dois primeiros já estão funcionando na filial do Américas Shopping, no Recreio. Os totens eletrônicos permitem ao cliente escolher e personalizar seu pedido, pagar por ele e retirar a refeição no balcão. A solução integra uma ampla mudança na estratégia de vendas e no conceito das lojas, incluindo modernização dos ambientes. O Bob’s é o terceiro maior grupo de fast-food do país em número de franquias, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). E ajuda a driblar o maior gargalo do varejo hoje: a falta de mão de obra qualificada.
 
O autoatendimento vai aliviar a questão da mão de obra. A ideia é usar a tecnologia para facilitar o atendimento, garantindo, ao mesmo tempo, um modelo mais hospitaleiro de loja, com opções de sabor mais caseiro diz Marcello Farrel, diretor do Bob’s.
 
As novidades acompanham tendência mundial do setor, avalia Eduardo França, à frente do MBA em Estratégias e Ciências do Consumo da ESPM Rio:
 
O autoatendimento já é tendência em Europa e EUA. O serviço ganha em agilidade, mas perde em humanização. Daí a aposta em um ambiente mais acolhedor.
 
O investimento da empresa do grupo BFFC este ano será de R$ 200 milhões. Inclui a abertura de 140 filiais, além dos totens de autoatendimento e novos projeto de loja, da arquiteta Bel Lobo, e logomarca, da Táül. A primeira a exibir o visual será a filial da Rua Senador Dantas, no Centro, que reabre até o dia 15.0 ambiente ficará mais acolhedor, conta Farrel, seguindo a assinatura “Gostoso como uma casa” A estimativa é de que os terminais eletrônicos e o novo projeto visual estejam nos mais de três mil pontos de venda do Bob’s em cinco anos. Nos últimos três anos, a rede teve crescimento anual médio de 17%. O faturamento quase dobrou desde 2009, subindo de R$ 633 milhões para R$ 1,13 bilhão, em 2013. Uma das estratégias que impulsiona a expansão do negócio é a interiorização da marca. Em cinco anos, a fatia de filiais em cidades de 60 mil a 400 mil habitantes avançou de 20% para 27%. É efeito sobretudo do ganho de renda no país.