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Franquias dão um salto de 10% no primeiro trimestre

Diário do Comércio – 6/8 – Karina Lignelli

Bem maior que o PIB: nos três primeiros meses do ano, o setor de franquias faturou 10% a mais que em igual período de 2013, puxado por segmentos como serviços e suas microfranquias de manutenção predial e limpeza, além de hotelaria e vestuário.

Na análise por marcas, 82% declararam alta nas vendas, 3% mantiveram-nase 15% tiveram queda. Quanto ao número de unidades, 3.890 novas lojas iniciaram operação no período o que representa uma taxa de abertura de 3,4%, ante 1% de fechamento de pontos de venda.

Os dados são da “Pesquisa Trimestral de Desempenho”, novo indicador da Associação Brasileira de Franchising (ABF) com apoio do Sebrae Nacional que pretende nortear o comportamento do setor ao longo do ano. Já a “Pesquisa Anual de Desempenho” continuará sendo divulgada no começo de cada exercício seguinte, e completará a série de levantamentos trimestrais ao retratar o resultado final.

“A ideia é contribuir para os empresários do setor terem um outro olhar sobre esse desempenho. Há 12 anos, o franchising apresenta um crescimento quatro vezes maior que o PIB-e já apresenta aumento quase zerado nesses três primeiros meses do ano. Por isso, continuar a esperar o fim de 2014 para divulgar esses dados pareceu uma perda de oportunidade de demonstrar o abismo entre o que acontece no Brasil e as ações tradicionais que impulsionam o setor”, explica Gustavo Schifino, vice-presidente da ABF.

A ABF projeta que em 2014 o faturamento do setor crescerá 9%, apesar de menor que em 2013 (14%). Mesmo assim ainda é bem maior que a alta do PIB.

A área de hotelaria uma das que contribuiu para impulsionara receita do franchising este ano.
E o que impulsionou o franchising de janeiro a março, segundo o dirigente, foram quatro fatores importantes. O primeiro são executivos que ganham salários acima da média e têm “uma boa poupança”, mas que veem risco em seus empregos por conta da crise e decidem pôr em prática uma espécie de plano B ao empreenderem no franchising.

Outro é a crise de empregos/salários para cargos de média gestão. “Quem ganha até três salários vive o ‘pleno emprego’. Já para quem sai da universidade, essa expectativa não existe, e empreender é o único caminho para esses jovens”, diz.

O interesse dos franqueados em chegar nas cidades do interior para ganhar espaço além dos grandes centros saturados é o terceiro fator, que caminha junto à transformação do mercado consumidor, menos tradicional e mais tecnológico – o quarto.

“São cidades que oferecem muitos consumidores querendo novos produtos, para franqueados que querem se expandir nessas regiões, o que faz avançar o desenvolvimento do varejo no País”, completa, lembrando que para o segundo trimestre, a Páscoa deve puxar os números, mas o “efeito Copa” negativo deve mantero crescimento na casa dos 10%.