Representando o franchising nacional o Diretor Juridico da ABF, Luiz Henrique Amaral, o Diretor Executivo, Ricardo Camargo e o Gerente de Relacionamento, Rogério Feijó, desembarcaram no último 28 de julho em Kuala Lumpur, capital da Malásia. A viagem faz parte do convênio entre a ABF e APEX-Brasil – Agência de Promoção de Exportações e Investimentos, que visa apoiar a internacionalização das redes de franquias brasileiras.
Segundo os executivos, a Malásia tem enorme potencial para o setor de franquias, principalmente nos segmentos de construção civil e varejo. Embora, a culinária seja bastante enraizada não é difícil encontrar diversas redes americanas de fast food para os menos ousados em provar as iguarias asiáticas.
Em Bukit Bintang, uma das regiões visitadas, os empresários puderam apreciar um comércio efervescente, que reúne vários shoppings e lojas de rua, que funcionam dia e noite e é considerada `point` de encontro dos jovens e turistas.
`Nessa região também conhecemos o Pavillion, um shopping magnífico que deve ter cerca de 500 lojas. A poucos metros de lá, estão mais dois shoppings, além de galerias com os mais diversos artigos de compra. É quase impossível pensar numa grife renomada e não encontrá-la na cidade`, diz Rogério Feijó, gerente de relacionamento da ABF.
Atualmente vive na Malásia cerca de 25 milhões de habitantes, o idioma oficial é o malaio, mas também se fala inglês. A capital Kuala Lumpur é moderna, admirável por seus arranha-céus e infra-estrutura, apesar de um trânsito ainda caótico. O povo é hospitaleiro e a diversidade de cultura e etnia impressiona visitantes vindos de todas as partes do mundo.
`Comer e se hospedar na cidade é relativamente barato. A moeda local ringgit está cotada a US$ 1 = 3,2 ringgit e a economia estável propicia um consumo bastante intenso e elevado tanto para os moradores quanto para os turistas`, diz Ricardo Camargo.
O crescimento real do PIB na Malásia em 2007 foi de 6,3%, a exportação no mesmo ano foi de US$ 181,2 bilhões e a importação chegou a US$ 145,7 bilhões. `O PIB per capita é superior ao do Brasil, (US$ 13, 300), mas ao andar pela cidade você nota a boa distribuição de renda`, comenta Luiz Henrique Amaral.
Exceto pelo futebol, o povo malaio quase nada conhece do Brasil. Em visita aos supermercados, a comitiva de brasileiros encontrou dois produtos nacionais, o café e a cachaça. A comunidade brasileira também ainda é muito pequena. É exatamente por estes motivos que os executivos podem pensar estrategicamente na expansão de suas marcas, levando em consideração ajustes a cultura local e idioma.
Rogério Feijó e a Consultora, Lina Volpini, que também integra a comitiva, fizeram um levantamento sobre o mercado local. Durante cinco dias visitaram a cidade e participaram de reuniões na embaixada do Brasil, encontros com consultores de franchising locais e advogados.
`Um dos objetivos dessa viagem era colher informações sobre a região para compartilhar com os empresários brasileiros que almejam expandir sua marca para o mercado asiático`, explica Camargo.
Outro motivo importante para a presença do grupo de brasileiros na Malásia foi a participação institucional da ABF na feira de franquias Franchise International Malaysia, que reuniu cerca de 138 empresas, distribuídas entre marcas de franquias, entidades e fornecedores do sistema. Uma característica deste evento é atrair visitantes e marcas dos países vizinhos do Pacífico Sul, com destaque para Cingapura tido como a principal porta de entrada para as franquias internacionais, por apresentar um mercado mais desenvolvido, pujante e maduro. A Austrália também tem forte presença no mercado malaio.
`Podemos dizer que é uma feira pequena, com marcas locais e pouco conhecidas, porem bastante visitada, com expectativa de 10 mil visitantes durante os 3 dias de realização`, afirmou Luiz Henrique Amaral.
Quase 40% das franquias que operam no país são estrangeiras, sendo que 70% são marcas americanas. O forte apoio governamental ajudou o crescimento da indústria de franquias, que tem registrado um crescimento de 15% sobre os quatro anos anteriores. Existem, atualmente, 251 marcas de franquias registradas e mais de 6 mil estabelecimentos de franquias no país. Estas franquias incluem alimentos, serviço e manutenção, vestuário e acessórios, cuidados infantis e instrução pré-escolar, supermercado e cuidados médicos, tecnologia da informação e telecomunicação, e móveis e jardinagem.
Embora, o governo esteja tentando incentivar e promover o crescimento da indústria de franquia, ela ainda está em sua fase inicial de desenvolvimento. O governo está alocando mais de US$ 26 milhões para o Programa de Desenvolvimento de Franquias com objetivo de estabelecer novas redes no país entre 2006-2010.
`São necessários pelo menos dois anos para se criar uma franquia bem sucedida. Assim, a maneira mais rápida de estabelecer novas redes é comprar franquias estrangeiras. Conseqüentemente, as franquias com comprovado reconhecimento e boa reputação são incentivadas para operar na Malásia`, completa Camargo.
A ABF também participou da reunião do World Franchise Council – WFC, que agrega 38 países. O evento contou com a presença de representantes de 21 destes países. A Coréia do Sul foi aderira ao grupo e Dubai participou como observador da reunião. O cerimonial marcou a posse do Diretor Juridico da ABF, Luiz Henrique do Amaral, como Vice-presidente jurídico internacional do conselho.
Em paralelo ao encontro do WFC, aconteceu a conferência que reúne especialistas internacionais de franchising, com o objetivo de trocar experiências e conhecimentos, além de fazer chegar aos empresários informações importantes para o desenvolvimento do setor. Na ocasião, o Diretor Executivo, Ricardo Camargo, proferiu uma palestra apresentando o mercado brasileiro de franchising e sua posição no cenário mundial.
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