Início Notícias Convenção Anual da IFA, nos EUA conta com palestra de Bill Clinton

Convenção Anual da IFA, nos EUA conta com palestra de Bill Clinton

A 49ª Convenção Anual do Franchising da International Franchise Association (IFA), ocorreu de 14 a 17 de fevereiro, em San Diego – EUA. O evento reuniu nesta edição aproximadamente 2400 participantes e contou com a participação de dez empresários brasileiros da delegação da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Steve Grynbaum, presidente do conselho da IFA, abriu a sessão. Na sequencia, após várias homenagens, o CEO da IFA, Matthew Shay, apresentou dados do mercado norte-americano de franquias que registrou, em 2008, um faturamento de dois trilhões de dólares, contou com quase um milhão de franqueados e gerou 20 milhões de postos de trabalho, diretos e indiretos.

Bernard Jeger da consultoria que leva o mesmo nome fez uma analise sobre a apresentação do ex-presidente americano, Bill Clinton, que foi aplaudido em pé pela platéia.

Totalmente à vontade, o ex-presidente americano disse que a injeção do dinheiro público na economia, no ano passado, salvou o país de um `total meltdown` (quebradeira total). Bem humorado, discursou por mais de uma hora aos franqueadores, franqueados e fornecedores do sistema de franchising presentes e elogiou as propostas econômicas do Presidente Barack Obama, confirmando que existem razões para otimismo.

Sobre a crise, Clinton afirmou que muitos empregos relacionados à tecnologia da informação foram criados durante a sua presidência e acrescentou que a indústria de telecomunicações cresceu tanto que atualmente é mais difícil sustentar o mesmo ritmo de criação de empregos. Para ele, desde então a economia se contraiu porque dinheiro demais foi direcionado para a área imobiliária, o que não proporcionou a criação de novas fontes de empregos. Uma escolha óbvia teria sido tornar os EUA mais independentes na área de energia: `Existe um número ilimitado de empregos neste setor (de energia)` disse, acrescentando que o maior problema atual é a `deflação de ativos` causada pela queda dos preços das residências, que estão afetando os preços de todo o resto. `Precisamos encontrar o piso mínimo para cessar este processo de deflação`, concluiu.

O ex- presidente também falou que a decisão de deixar que a instituição financeira Lehman Brothers chegasse à falência foi um `erro terrível`, pois prejudicou qualquer possibilidade de otimismo no mercado. Ele deu apoio total ao plano de estímulo de Obama, mas alertou que este serve como `uma ponte sobre águas turbulentas`, e será essencial que os bancos voltem a emprestar.

Clinton declarou que Barack Obama não foi eleito por causa da economia ou das questões externas com o Iraque, mas porque a América se tornou um país muito diferente em relação ao que era. `Atualmente somos um país multi-racial, multi-religioso e multi-étnico`, finalizou. 

Fonte: Bernard Jeger
 

Clinton por Jon Aboitiz

Uma outra analise sobre a apresentação de Bill Clinton, durante a IFA, foi enviada pelo consultor, Jon Aboitiz. Segundo o especialista o mundo prestou atenção no discurso do ex do ex-presidente americano, que entre os temas relatados por Bernard Jeger, chama atenção para a questão do `subprime`.

 

`Clinton justificou o intervencionismo do seu governo motivando bancos a emprestar dinheiro para setores de baixa renda, assim como a papel das falidas parcerias publico privadas Fannie Mae e  Freddie Mac`. 

Para Clinton estas políticas foram mecanismos para lidar com um excesso de liquidez que existia no seu momento e também uma forma de gerar emprego via o setor imobiliário.  No cenário atual, ele considerou que o problema principal é a deflação de ativos, que a sua vez limita a liquidez do mercado e a capacidade de recuperação da economia.

Clinton ressaltou a importância e dinamismo de pequenas empresas e franchising, sendo elas os principais geradores de emprego na economia.  Em particular, mostrou a sua admiração ao franchising, dizendo que este formato representa empreededorismo, capilaridade, e um útil network de suporte para os diversos atores econômicos. 

 

Fonte: Jon Aboitiz