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ABF revisou a projeção de expansão para até 7%

Diário do Comércio – São Paulo – Karina Lignelli – 01/10

Vai longe: a Copa do Mundo ainda mostra seus efeitos no desempenho da economia, junto com a queda no poder de consumo da população, ambas impactaram o crescimento do franchising brasileiro negativamente e fizeram o setor revisar suas projeções de crescimento para 2014. Mesmo com alta de 5,4% no primeiro semestre deste ano ante igual período de 2013 e de 1,6% no segundo trimestre em relação a igual período de 2013, o setor de franquias apresentou recuo de 1% entre os dois primeiros três meses do ano, conforme revela a “Pesquisa Trimestral de Desempenho” da Associação Brasileira de Franchising (ABF) referente ao período abril/maio/junho de 2014. Apesar de no primeiro trimestre o franchising ter avançado 10%, o comportamento do segundo trimestre, aliado aos resultados negativos do varejo divulgados pela Fecomercio/SP e pelo IBGE, levaram a ABF a reverás perspectivas de crescimento de 9% para algo entre 5,5% e 7% para o ano.

Segundo Gustavo Schifino, vice-presidente da ABF, em vista de um desempenho do PIB próximo a zero ou mesmo negativo, o franchising tem demonstrado ser o último setor a entrar em crise e o primeiro a sair. “Apesar de revisarmos a projeção para menos, esses ainda são números muito interessantes para a economia, uma espécie de ‘padrão China’. Se mesmo com os 31 dias de Copa do Mundo no primeiro semestre, o setor cresceu 5,4%, o segundo deve ser mais favorável. Ainda desconhecemos o cenário pós eleições, mas esperamos recuperação ou pelo menos estabilidade entre os números projetados”, afirma.

Plano B

Ainda de acordo com o levantamento, a abertura de pontos de venda aumentou 3,6% no segundo trimestre estabilidade ante os primeiros três meses do ano, quando o indicador teve alta de 3,4%. O número de unidades fechadas no mesmo período pelas marcas que responderam à pesquisa foi de 1,2% também estável ante o primeiro trimestre (1%). Com base nisso, a ABF espera que o franchising chegue ao final de 2014 com um aumento de 9% a 10% no número de unidades franqueadas.

Segundo Schifino, essa evolução continuará sendo puxada principalmente pelas microfranquias de serviços (limpeza doméstica, manutenção predial, e estética e beleza) assim como por lojas de vestuário. “Quando a economia começa a andar um pouco de lado, o franchising vira alternativa para o executivo de grandes empresas que vê o emprego em risco, procura um plano B e decide começar a empreender dentro desse modelo de negócio. É o perfil típico de quem tem economias de R$ 300 mil, R$ 500 mil e aproveita por investir em mie rosou pequenos negócios para driblara crise”, finaliza.