Um grupo de executivos franceses, estudantes do curso MBA Executivo da Edhec Business School, foi recebido na sede da ABF nesta quinta-feira, 22, para uma apresentação do panorama do franchising brasileiro.
O diretor administrativo-financeiro da entidade, Roberto Ferreira, apresentou dados do mercado de franquias no País e a inserção das marcas nacionais no mundo. De acordo com dados da ABF, cerca de dez redes francesas estão presentes no Brasil.
Valério Travain, gerente jurídico da ABF, discorreu sobre a legislação do sistema de franquias, regido no Brasil pela Lei 8.955/94, e da documentação exigida na aquisição de uma franquia, como a Circular de Oferta de Franquia (COF).
A oportunidade de conhecer o Brasil e saber mais a respeito do franchising nacional foi considerada importante pelos participantes, que aproveitaram o encontro para esclarecer dúvidas sobre a dinâmica dos negócios de franquias, o sistema tributário e a relação entre as entidades representativas do setor no Brasil e na França.
“Os franceses conhecem muito mal o mercado brasileiro”, afirmou o professor Philippe Foulquier, diretor do MBA Executivo. Para ele, o protecionismo, a burocracia e a carga tributária são aspectos negativos do Brasil, mas passada a barreira burocrática, há um forte interesse dos franceses em empreender negócios no País, considerado acolhedor. “É complexo, mas visto que o Brasil é um gigante existe aqui um grande mercado para fazer negócios”, afirmou.
A viagem ao Brasil é parte da atividade acadêmica dos estudantes, organizada com o apoio da Business France – Agência Francesa de Desenvolvimento Internacional das Empresas, congênere da Apex-Brasil. Segundo Adriana Braga, gerente de negócios internacionais da entidade, o grupo demonstrou bastante interesse na relação bilateral entre os dois países, nos aspectos comerciais e institucionais.
Além da ABF, em uma semana de estudo de caso brasileiro os estudantes visitarão importantes players franceses com filiais no País, como Leroy Merlin, Decatlon, Dafity e Grupo Pão de Açúcar; instituições como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e terão, ainda, um encontro com representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).