Conferencistas tratam dos temas e apontam perspectivas e oportunidades para o País retomar o desenvolvimento

A Convenção ABF do Franchising colocou na pauta do terceiro dia as questões político-econômicas. Abrindo a programação desta sexta (23), a presidente Cristina Franco recebeu no palco representantes do grupo das principais entidades do varejo nacional, lideradas pela Associação.

Na plenária “O que será o amanhã? Perspectivas políticas para 2016”, patrocinada pela Antilhas, Alberto Carlos de Almeida, cientista político e diretor do Instituto Análise, apresentou um panorama político do Brasil, resgatando a história das origens em Portugal, primeiro grande estado-nação do mundo, para expor sua visão a respeito do horizonte político que vislumbra para o País.

“A crise política é a causa de tudo. A paralisia decisória que impacta os empresários tem impacto na crise fiscal, no câmbio, nos juros e gera perda de apoio ao governo”, afirmou.

Almeida ressaltou a relevância do Brasil no cenário mundial. “O país tem 3,15% no PIB mundial. Somos um país grande, com uma economia grande”. Em vários setores, como no caso do agronegócio, o Brasil tem posição de liderança, observou o conferencista, citando como exemplo a própria ABF, segunda maior entidade de franchising do mundo.

Em sua palestra “O Brasil esfinge”, o economista e jornalista George Vidor defendeu a política de ajuste fiscal para destravar o crescimento do país. Vidor apontou, ainda, algumas boas oportunidades que poderão ajudar nessa retomada do desenvolvimento. Para ele, um grande chamariz são os Jogos Olímpicos de 2016, cuja oportunidade precisa ser aproveitada. “São os primeiros na América Sul, com forte exposição na mídia internacional por meses, expansão da rede hoteleira, oportunidade de ampliar o consumo e fazer negócios”, afirmou.

Ética da corresponsabilidade

Sob o tema “Ética da Corresponsabilidade”, Lia Diskin, editora, escritora e conferencista internacional, tratou sobre como construir redes de confiança em cenários de crise, sendo entrevistada pela jornalista e diretora de redação da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Sandra Boccia.

“A ética é o espaço em que mesmo distanciado posso atender os anseios coletivos de maneira mais genuína”, definiu. Lia fez, ainda, uma analogia com a filosofia Ubuntu que ensina que para o crescimento de todos é necessária a cooperação mútua, o que é a essência do franchising na relação entre franqueador e franqueado.

Fotos: Keiny Andrade e Marcel Uyeta