ABF promove o 5º Encontro Presencial da Comissão e aborda estratégias de captação de alunos, inovação em Recursos Humanos e valorização de professores
Com 90 marcas associadas à ABF, as franqueadoras de educação somam 9.937 unidades, sendo 77% com até 100 unidades. “A Educação passou por muitas transformações nos últimos anos e a troca de experiências se faz cada vez mais importante. O nosso segmento está se movimentando e precisamos nos unir para agarrar cada oportunidade”, afirmou Bruno Gagliardi, coordenador da Comissão. O evento aconteceu na quarta-feira (11/9), de forma presencial, na sede do Cultura Inglesa, em Pinheiros, São Paulo.
“Seguindo o propósito de avançar na educação, temos que estar presente onde nossos alunos estão. Nossos parceiros franqueados entendem melhor do mercado local, com mais facilidade e desenvoltura, além de mudanças necessárias para equilibrar a necessidade do cliente e qualidade dos conteúdos”, Giovanni Peduto (Cultura Inglesa).
O turnover da área comercial está indo além e atingindo os educadores de idiomas, “essa dor vem sendo enfrentada na educação de forma geral, não só de idioma, mas na educação regular”, afirmou José Carlos (CNA), moderador do painel Apagão da mão de obra.
Perder profissionais é perder cultura, processos e clima institucional. Neste sentido, Caroline Miranda (Encaixe) falou sobre a importância de entender as motivações da saída de um profissional e evitar que as falhas não continuem. “Vamos trabalhar para cuidar das pessoas como todo – apoio psicológico, financeiro e desenvolvimento profissional – e de forma transparente. Usar a Escala de Promoção da Rede (NPS, na sigla em inglês) interno e externo são cruciais”, disse.
Para Letícia Moraes (Troika), as soluções estão em “uma área de Recursos Humanos inovador e descomplicado ao alcance da sua instituição. Ao entender a dinâmica de cada professor e capacitá-lo gera-se um sentimento de reconhecimento e possível fidelização com a instituição, desenvolvendo ainda mais os processos existentes”.
Isabela Vilas Boas (Cultura Inglesa) concluiu, ainda, que os professores mais qualificados optam por dar aulas em instituições internacionais, mas a capacitação das nacionais tem aflorado o sentimento de pertencimento. “Na Cultura Inglesa oferecemos um plano de acompanhamento e mentorias durante os anos de atuação – cuidando principalmente das diferentes gerações –, além de avaliações, flexibilidade de horários e eventos com toda a comunidade de professores, com apresentações internas e externas de experiências em sala de aula”, contou.
Melhores práticas na captação de alunos
Fernando Quesada (School of Rock) destacou que o tradicional funil de vendas evoluiu para uma roda dinâmica que integra franquia, franqueados e alunos/clientes. Essa roda é impulsionada pela geração de leads qualificados, consideração, vendas e fidelização, criando interesse contínuo pela marca. “No contexto atual, o foco é demonstrar os benefícios da educação musical a longo prazo, com o prazer, a felicidade e o desenvolvimento de habilidades pessoais e coletivas. Não é mais sobre a venda de aulas de músicas, mas como as pessoas podem transformar a sua vida com experiências musicais inesquecíveis. Vender o propósito do produto encontrando nichos e criando identificação com o cliente, é mais eficaz do que vender apenas o produto”, afirmou.
Para Luiz Moraes (Supera) e moderador do debate, “não dá para fazer uma reflexão de captação de alunos sem fazer uma mais básica: os níveis de geração de valor”. Neste cenário, Décio (Via Certa) contou que a geração de leads era um desafio e hoje se torna uma oportunidade, principalmente na parte regional e nos canais digitais. “Nunca vimos a regionalização tão em alta, mas os canais físicos ainda seguem como maioria”. Além disso, a franqueadora precisa definir processos de geração de leads e o franqueado engajado gera mais taxa de conversão. “A vantagem competitiva que mais nos destacamos hoje em dia é a geração de valor em meio à oferta. Ou seja, a experiência”, comentou Guilherme Teixeira (Bravus).
Fotos: ABF/Divulgação