Até onde vai o Geomarketing?

*Por Luis Henrique Stockler

Serviço pouco usado no Brasil pode economizar tempo e dinheiro para varejistas

O geomarketing -serviço que detalha o modo como o mercado se organiza no espaço, permitindo a análise de diversas variáveis relevantes para ao negócio através de mapas- pode ser muito útil no processo de localização de ponto de venda, mas ainda não é uma ferramenta comumente usada no varejo brasileiro.

Para Luis Henrique Stockler, já existem trabalhos sendo feitos para mostrar aos varejistas o que é o serviço e para o que serve, como o realizado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF).

“No Brasil, muitos mitos rondam este tema: alguns empresários consideram o serviço muito caro, enquanto outros acreditam que é preciso contratá-lo de maneira pontual, uma vez só, achando que assim o problema estará resolvido”, afirma o consultor. Segundo Stockler, o custo-benefício do uso desta ferramenta é altíssimo, mas é preciso de alguém experiente para interpretá-la, pois o banco de dados existente é imenso, podendo ser muito detalhado e conter até informações que não são relevantes ao negócio. Por isso, o consultor alerta: quando mais detalhes o software precisar dar, mais caro será o serviço.  “É preciso ter em mente quais perguntas precisarão ser respondidas, como, por exemplo, qual é o público-alvo que o varejista quer atingir. Com este filtro simples é possível definir o grau de importância das informações”, afirma Stockler.

Outro ponto que o consultor ressalta é que o mapa é uma espécie de foto instantânea, mas o mercado é dinâmico. “O estudo de geomarketing deve ser feito periodicamente, para se verificar o que ainda é relevante e o que precisa ser atualizado”, diz.

Além disso, a ferramenta é essencial para economizar tempo e dinheiro indo a campo, mas nunca substituirá um profissional experiente na localização do ponto de venda. “O geomarketing diz qual é a rua mais movimentada, onde as pessoas passam mais de carro, entre outras possibilidades, mas para conhecer o imóvel é preciso o especialista, que deve fazer visitas pessoalmente e debater o assunto com outros profissionais da área até que o ponto seja de fato escolhido”, diz o consultor.

“O geomarketing está ganhando aliados tecnológicos como os serviços em nuvem, através do qual os clientes podem montar suas análises usando fotos de satélites, etc. Mas acredito que ele só será um aliado se houver uma inteligência por trás, com alguém que saiba interpretar os dados, gerando conhecimento prático e técnico a estas infinitas possibilidades teóricas”, finaliza Stockler.

*Luis Henrique Stockler é sócio fundador da ba}Stockler
www.bastockler.com.br
www.ceucomunicacao.com.br

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