A série de palestras assistidas pela delegação da ABF no dia 16/1 proporcionou extrair vários insights do Retail’s Big Show 2017. Na abertura do segundo dia do evento, Matthew Shay, CEO da National Retail Federation, mostrou sua visão sobre “O Momento da NRF e da Indústria do Varejo”, apresentando um panorama do setor e revelando o período de grande ansiedade vivido pelo mercado com a entrada do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tomará posse nesta sexta-feira (20). “A disrupção chegou em Washington”, afirmou Shay, traduzindo bem esse momento. Na visão do executivo, essa disrupção afetará significativamente os negócios e a vida das pessoas.
O desafio das marcas para engajar e fidelizar seus clientes em um período da história marcado por rupturas e reinvenções foi o tema de um bate-papo com o icônico fundador da marca Virgin, Sir Richard Branson, intitulado: “Perpetuando o Engajamento de uma Marca em uma Era Contínua de Rompimento e Reinvenção”. Já Lee Peterson, vice-presidente executivo de marca, estratégia e design da WD Partners, enfocou “O DNA do Público Nativo Digital”.
O dia foi marcado também pela análise de Ira Kalish, economista chefe global da Deloitte Research, que destacou a “Economia e o Consumidor Global”.
Após imergir nesse rico conteúdo, o Grupo ABF visitou o estande da NCR, empresa líder em soluções de omnichannel que permitem que sejam realizadas mais de 600 milhões de transações por dia em todo o varejo, nas áreas financeira, de turismo, hotelaria, telecomunicações e tecnologia, e pequenos negócios.
Para encerrar a agenda de atividades, a ABF realizou um encontro de negócios (matchmaking) com apoio da Apex-Brasil, reunindo investidores e fornecedores locais com a participação do Banco do Brasil em Nova York.
Varejo, “millennial” e internet das coisas (IOT)
Dentre as impressões gerais do Grupo ABF, pôde-se constatar que as palestras apresentadas trouxeram como mensagem uma realidade na qual o varejo caminha para uma direção cada vez mais em linha com a geração Y ou “millennial” (pessoas nascidas de 1981 a 1994), que valoriza, sobretudo, a autenticidade, a atitude e a qualidade – e todos esses atributos são construídos muito com base em um propósito, que gere engajamento e paixão pela marca – tanto do ponto de vista dos colaboradores, como dos clientes.
Tão importante quanto este aspecto imaterial evidenciado nas falas dos especialistas e observado pela delegação do franchising brasileiro, há o aspecto mais concreto que se relaciona com o uso de tecnologias para o levantamento e interpretação de dados que permitem entender o cliente e assim construir e entregar uma experiência de consumo memorável. A tecnologia aqui se aplica a partir da adoção de sensores que permitem a integração com a internet das coisas (IOT), os wareable gadgets (ou, simplificando, dispositivos ‘vestíveis’), o uso da realidade aumentada, dentre outros. E essa mesma tecnologia pode ser utilizada tanto “outside-in” como “inside-out” (de fora para dentro e vice-versa), ou seja, para entender os consumidores, bem como para treinar as equipes e melhorar suas atitudes e seu conhecimento, sempre em consonância com o propósito da marca.
O consenso entre os participantes do grupo é de que nada adiantará todo esse aparato tecnológico, de conhecimento e informações se não houver uma integração entre os canais pelos quais a marca atinge o mercado e, consequentemente, os processos que permitem sua operação e gestão.
Para saber em detalhes as análises e os insights dos líderes e especialistas do varejo e do franchising brasileiro obtidos na missão a Nova York basta se inscrever no Pós-NRF ABF. O evento será realizado no próximo dia 16 de fevereiro no Auditório Santander, em São Paulo.
